Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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Feliz Aniversário, The Resistance!

Há um ano, fãs de Muse do mundo todo estavam indo à loucura com o lançamento do quinto álbum da banda, The Resistance.

Para comemorar, postaremos uma matéria feita pela NME, após terem ouvido o cd pela primeira vez. É bem extensa e, por isso, foi dividida em partes. Aqui vai a primeira delas:

Viva The Resistance

Tendo conquistado seus primeiros shows em estádio, Muse recebe a NME no glorioso Lake Como na Itália, para ouvir seu novo álbum. Encontramos uma banda prestes a liberar uma sombria e paranóica obra prima.

Algumas palavras para descrever o Lake Como, Lombardia, Norte da Itália: tranquilo, pacífico, sereno, totalmente parado…na verdade, risque isso: aqui estão aqui palavras escritas por Percy Bysshe Shelley, sobre o mesmo lugar: “Excede qualquer coisa que eu já tenha visto em beleza. É longo e estreito e tem a aparência de um rio imenso que contorna as montanhas e florestas” (sempre teve jeito com as palavras, esse cara). Acima, situadas próximas a um dos maiores e mais profundos lagos em toda a Europa estão a maioria das casas mais incríveis que você já desejou ver. George Clooney é dono de uma, que ele emprestou a David Beckham no começo deste ano. Em outra, James Bond se recuperou (e transou, claro) em Casino Royale, enquanto em outra, Darth Vader – Anakin para a mãe dele – casou-se em segredo com seu amor de infância.

Ah, sim, e em uma outra casa, com um estúdio em que ele e seus colegas acabaram de gravar seu quinto álbum, vive um garoto chamado Matt Bellamy.

Algumas palavras para descrever “The Resistance”: o quinto de Muse, o primeiro após balançar Wembley, romântico, mas ainda assim inundado com a claustrofobia do século 21 – um álbum de conteúdo. A faixa de abertura, “Uprising”, traz um Matt Bellamy cantando coisas como “paranoia is in bloom”, “the fat cats should have a heart attack” e “they push drugs and keep us all confined” com um estilo Marilyn Manson e pegada electro-glam. De fato, o mesmo “eles” é recorrente na segunda música e título do álbum – Matt pergunta-se se “eles” irão “find our hiding place” e opina, com batidas tribais e melodia de piano no estilo de “Starlight” que “eles” “won’t stop breaking us down”.

Em outro lugar, fala-se de como “you and me fall in line/To be punished for unproven crimes” (United States of Eurasia) e “you learn by the numbers/Losing life’s wonder” (Guiding Light) e, mais explicitamente, de como esses jovens residentes do Lake Como querem “push it beyond peaceful protest” para que possam “speak in a language that they” – ‘eles’ novamente – “will understand” (Unnatural Selection). O riff de MK Ultra atinge o seu ápice falando sobre “replacing love and happiness with fear” e o fim se dá com “Exogenesis: Symphony” – dividida em três partes, soma mais de 12 minutos – similarmente pinta uma tela, com a presença de instrumentos de corda clássicos gravados em Milão, sobre “the edge of all our fears”.

Um mundo assustador, então, aquele por trás da janela.

“Assistir ao noticiário exerceu uma grande influência sobre esse álbum”, admite Matt Bellamy. “Você sabe, só fazendo uma lavagem cerebral em mim mesmo vendo a BBC News e também percebendo o quanto de lavagem cerebral está saindo dessas notícias. Há definitivamente um sentimento de desejo de mudança na Inglaterra, a percepção de que tudo está se tornando antiquado. Isso tudo estava acontecendo durante o processo de gravação do álbum. Acho que na Inglaterra mesmo as pessoas acordaram para o fato de que não temos mais uma democracia, o sistema parlamentarista está completamente ultrapassado e a mídia está fazendo vistas grossas. Viver na Inglaterra há pelo menos cinco ou dez anos tem sido uma grande experiência, porque sentimos que estamos totalmente impotentes. Percebi isso muito mais na Inglaterra do que em outros países. A crise bancária foi muito ruim pro país, toda aquela coisa MP, além de termos sido arrastados para uma guerra com a qual não concordamos por causa dos EUA. Ser inglês tem trazido aquela sensação nos últimos anos de “que merda, não temos mais controle sobre nossas próprias vidas”.

E sim, ele não está atualmente vivendo na Inglaterra, mas…

“Isso vem de uma pessoa que carrega a Inglaterra no coração, que não está no país, mas quase faz uma auto-lavagem cerebral com notícias de lá, porque sente que está perdendo o contato com sua terra. Ao mesmo tempo, isso te dá uma visão objetiva sobre o que está acontecendo no país”.

Talvez ele sinta a obrigação de refletir sobre tudo isso, por ser um rock star?

“Não, eu não sinto que isso seja um dever, não estou sendo forçado. Eu estava apenas interessado em todas essas coisas e as músicas refletem quem seus compositores são. Se eu estivesse mais interessado em outros assuntos e tivesse um estilo de vida completamente diferente, tenho certeza de que isso apareceria na música. Depende de como você lida com isso. Você pode ver um lado mais leve, se quiser. Por exemplo, toda vez que entra o vocal em “United States of Eurasia”, eu tenho vontade rir, porque é simplesmente escandaloso, como uma cena de Highlander. Então, para mim é muito engraçado. E há outras partes como a batida glam-rock de “Uprising”. Há um lado mais leve da banda que está lá. Claro que existem coisas mais sérias também, mas eu gosto de pensar que misturamos bem essas duas partes para as pessoas não ficarem cansadas. Quero que elas se animem e sintam-se levadas pela música”.

Mas definitivamente há muitas frases recorrentes envolvendo medo, alienação e essas coisas – você menciona a “thought police”. Tem aquele verso em “Undisclosed Desires” em que você canta “pushing it beyond peaceful protest”…

“É. Esse é o momento mais ousado relacionado à resistência – como iremos promover uma mudança? Acho que eu coloquei em primeiro plano no álbum a idéia de que o amor e o protesto pacífico são essencialmente a melhor saída, mas não podemos evitar pensar que às vezes isso não é o suficiente. Você pode se enterrar na idéia de estar com a sua namorada ou com alguém que você ama e esquecer o resto do mundo, ou poderia usar isso como uma forma de protesto – na lógica de Gandhi, a resistência pacífica é a melhor que existe. Mas ainda existe a idéia de que chutar algumas vitrines de loja também ajuda. O álbum está balançando entre todas essas versões diferentes de resistência”.

Continua…

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A equipe mais animada, doida, faladeira e confusa que um fã clube de Muse poderia ter. Nós amamos Muse de todo o coração assim como (a maioria) dos seus fãs. A dedicação é de coração.

Comments: 8

  • NatyPedretti

    14 de setembro de 2010
    reply

    Viva The Resistance! Nossa, já?! O tempo passou muito rápido :O

  • coltsfan

    14 de setembro de 2010
    reply

    CD muito foda!

    O tempo passou muito rápido :O [+1]

    • Izaa.

      15 de setembro de 2010
      reply

      O Tempo passou muito rapido :O +2

  • dannyy

    14 de setembro de 2010
    reply

    Meu bebê! Lembro do seu nascimento como se tivesse sido ontem! Mamãe está tão orgulhosa! (kkkkkkkkkkkk!!!)
    Tipo, tem uns fail na matéria, mas normal, no geral é uma boa primeira parte.

    • Angie

      14 de setembro de 2010
      reply

      O trecho de Guiding Light é um fail XD

  • Maria Luiza

    14 de setembro de 2010
    reply

    parece, q o lançamento foi onten =O

  • Angie

    14 de setembro de 2010
    reply

    “Tem aquele verso em “Undisclosed Desires” em que você canta “pushing it beyond peaceful protest”…”

    WTF!
    Mas dá pra perdoar, né? A matéria q fizeram é linda, as respostas do Matt mais ainda…
    “Quero que elas se animem e sintam-se levadas pela música”
    Nem falo q isso acontece comigo desde q ouvi pela 1ª vez… *-*

    • mems

      14 de setembro de 2010
      reply

      Tudo culpa da NME, gente u.u q

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