Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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Matt: "Vamos queimar o Parlamento!" [2006]

Essa matéria foi postada originalmente na NME em Novembro de 2006, durante a turnê de Black Holes and Revelations, e Matt mostrou por que ele foi chamado de “O Grande Conspirador”.

“Vamos queimar o Parlamento!”

O grande conspirador do Rock inclina-se mais perto. “Eu acho que a única coisa a fazer” ele murmura, no caso de haver qualquer microfone escondido que possa captá-lo, “é fazer alguns coquetéis Molotov e começar a jogá-los no Parlamento. Eu não sei mais o que pode ser feito. Quase chegamos ao ponto de ‘vamos começar uma guerra civil’”.

Eu ouvi direito? Você está sugerindo uma revolução completa?

Procurando por dispositivos de vigilância do governo, os olhos do Grande Conspirador varrem a arena onde, seis horas depois do planejado, começa a se erguer o palco da banda.

“Não há o suficiente disso na música”, ele continua. “Nós nascemos nessa dependência, nesse sistema. É agradável, é um mundo legal, mas deixe isso de lado: o voto que nós temos é inútil. O conceito de democracia é uma piada. É para o rock agitar as coisas e dizer: ‘que se dane, isso é uma bosta, cara! Vamos queimar o Parlamento’”.

Por muito tempo os poderosos tem se referido a Matt Bellamy como “aquele carinha esquisito do Muse’, sua falação sobre o Apocalipse, visitas alienígenas e outras coisas à lá David Icke, disfarçando toda a extensão de sua ameaça à ordem mundial. Mas a medida que ele traça a iminente infiltração de sua banda no complexo do Reino Unido – onde Muse apresenta épicos do rock futurista como ‘Starlight’, ‘Supermassive Black Hole’ e ‘Stockholm Syndrome’ em um palco com máquinas de controle da mente, satélites espiões e a misteriosa instalação HAARP no Alasca – suas proclamações tem se tornado mais politicamente focadas: as conspirações de 11 de Setembro; o controle da mente governamental; a corrupção da democracia; as, er, pessoas-lagartos vivendo entre nós. A vigilância também traçou, no recente quarto álbum ‘Black Holes and Revelations’, o lírico se afasta da profecia bíblica indo de encontro à ação firme reação revolucionária: a jogada anti-guerra incitada em ‘Assassin’ e ‘Soldier’s Poem’, os apelos de ‘destrua essa cidade da desilusão’ (destroy this city of delusion), a teoria de ‘Exo-Politics’ de que políticos estariam usando a ameaça de ataques alienígenas como desculpas para por armas no espaço apontadas para inimigos terrestres.

Bloquinhos de anotações em mãos, anarquistas: Matt Bellamy tem algumas verdades para transmitir. As verdades que eles não queriam que vocês soubessem…

O Mistério do HAARP

Originalmente, Muse pretendia usar o mesmo palco da atual turnê europeia que eles usaram no triunfante Carling Weekend, o headline do Festival de Reading e Leeds.  Seis semanas antes da turnê, no entanto, cenógrafos foram apresentados a um novo protótipo: uma série de torres enviando mensagens para um gigantesco ‘satélite totalmente carregado’ (fully loaded satellite) que se eleva para revelar o baterista Dominic Howard tocando nele. O modelo, explica Matt, é baseado no americano High Frequency Active Auroral Research Program (HAARP) (em português: Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência), no Alasca – um programa de 30 milhões de dólares que uma variedade de críticos (ambientalistas, Nativos Americanos, cidadãos do Alasca) acredita que possa ser usado pelos militares para tudo, desde controle do clima até controle de mente.

Matt: “Ninguém sabe realmente o que é, mas a guerra moderna e armas modernas já passaram para o próximo estágio. Há uma grande batalha acontecendo no sentido de quem controlará o clima”.

Sei. E quais fatos reais você tem para apoiar essa teoria?

Matt: (risos) Não muitos. Mas está acontecendo, se você quiser saber. Esse negócio do HAARP, o governo diz que é para as comunicações com submarinos e suas próprias naves espaciais, mas cientistas disseram que eles estão na verdade tentando entrar na ionosfera, onde um monte de coisas do clima acontece. Interfira naquilo e você pode manipular o clima”.

9/11

Matt recentemente declarou que acredita que os ataques de 11 de Setembro foram uma armação. De que maneira?

Matt: “Essa é difícil. Nunca houve nenhuma evidência concreta que una qualquer dos suspeitos usuais a isso. Na verdade, a evidencia que eles usaram [incriminar os alegados terroristas] era risível. A caixa preta do avião, que mantem todas as informações, derreteu. Mas aparentemente o passaporte de um dos sequestradores voou pela janela e pousou no chão. É risível. Não estou dizendo que não foi um ataque aos Estados Unidos – foi, não há dúvidas sobre isso. A questão é quem fez esse ataque, e porque? Eu acho que há muito mais a sugerir que um seleto grupo de pessoas que estão colhendo enormes benefícios da guerra que está acontecendo no momento… eles tem seus meios e motivos para fazer uma coisa como essa. Nós temos que tomar cuidado de não deixar esse tipo de pessoas nos fazer de vítimas. Nunca houve uma investigação independente sobre o que aconteceu e ainda assim estamos em guerra”.

E a Coréia do Norte – por que não estamos invadindo? Eles definitivamente testaram armas nucleares!

Matt: “Eles testaram? Eu não sei se eles testaram. Isso é o que os noticiários no contam, mas eu não sei se isso é verdade ou não. Até onde você tem que acreditar no que te dizem? É tudo uma puta armação. Eles estão todos tentando nos fazer acreditar que essa é a coisa certa a fazer para que quando eles o fizerem todos nós fiquemos ‘Isso aí!’. E o que está atrás disso tudo é manter o sentimento da população sobre controle com ameaças, tudo que faz é dar é uma desculpa para aumentar o controle e tirar a liberdade das pessoas. Você sabe que está vivendo em um tempo perigoso quando simplesmente ter uma opinião diferente é perigoso. Para pessoas se levantarem e dizer coisas que talvez eu esteja dizendo e serem ridicularizadas, isso é um sinal de que nós vivemos extremamente limitados, tempos de mentes estreitas, direitista, e só está piorando”.

Knights of Cydonia

‘Knights of Cydonia’, a música, é facilmente o single mais prog-rock lançado desde 1972. Cidônia é uma região em Marte que, Matt acredita, estão os segredos escondidos da evolução humana/alienígena.

Matt: “Cidônia é uma região onde existem vários destroços do que pareciam ser pirâmides. Há evidências de antigas estruturas ou até mesmo civilizações. E é aqui que fica interessante: pessoas estão percebendo que toda a área das pirâmides no norte da África, não apenas a área de Gizé, é um enorme, muito elaborado, mapa das estrelas, se você olhar de cima. Eles estão tentando enviar algum tipo de mensagem para alguém que está no céu. O mesmo layout foi encontrado em Marte, em Cidônia, e alguém juntou tudo. E se você olhar Washington de cima, é exatamente a mesma coisa das pirâmides, a maneira que as coisas estão dispostas. Há todo esse segredo sobre alguns dos monumentos na Terra são também coisas que estariam, que eu espero que estejam, em Cidônia, Marte.”

As Pessoas-Lagarto

O que nos leva gentilmente à recente revelação de Matt, que ele não discorda totalmente da teoria de David Icke que diz que nós já fomos invadidos por aliens lagartos disfarçados de pessoas. Só que as ideias de Matt têm mais embasamento científico. Ainda assim, um tanto lunático.

Matt: “Eu não acho que haja aliens entre nós agora, mas eu acho que pelo menos parte de nosso DNA não seja da Terra. Há um imenso vazio de registros fósseis – deveria haver bilhões de fósseis e esqueletos de todos esses diferentes estágios do Neandertal, mas não há. Há um, ou dois. Eu realmente acho que o Homem Neandertal realmente existiu, mas houve algum tipo de polinização cruzada.

Eu poderia ser uma dessas pessoas-lagarto? Como eu saberia?

“Existe um rumor de que tem certa linhagem sanguínea que é suscetível de possuir essa outra entidade que mora fora do nosso campo de entendimento das três dimensões. É o sangue real, obviamente, que vem de muito, muito tempo atrás. Chequem suas linhagens sanguíneas!”

Então a Rainha é uma pessoa-lagarto?

Matt: “Ela pode ser. Por que será que eles estão se reproduzindo entre eles?”.

Para ficar com o dinheiro?

Matt: “Para ficar com o dinheiro? Nah!”.

Rumores, cortinas de fumaça, segredos e mentiras. Se apenas nossos próprios olhos e ouvidos acreditarem nós podemos estar absolutamente certos de uma coisa: Muse ao vivo em 2006 é um ataque sensorial eufórico de rock, uma sobrecarga eletrônica ofuscando nossas sinapses. Com um set de ultra-hits – da abertura synth-metal-dia-do juízo-final “Take a Bow”, através das pop operas supernovas “Hysteria”, “Starlight” e “Butterflies and Hurricanes”, para o retorno dos balões insufláveis derrete-cérebro “Stockholm Syndrome” – esse show, transmitido diretamente de Saturn ShockWaves Enormodrome, é tão de tirar o fôlego que arranca seus pulmões pelos olhos. Matt toca uma guitarra que parece que tem o HAL, o computador de 2001: Uma Odisséia no Espaço, cintilando cores diferentes durante “Invincible”; Dom toca uma bateria transparente em seu satélite hidráulico de 50 pés durante todo o show. Galáxias irrompem, sóis explodem; cidades queimam e exércitos de robôs malignos marcham nos telões. Como um tipo de Montanha Russa à velocidade do trovão, o show space-punk de 90 minutos o deixa atordoado, deslumbrado e implorando por mais uma volta. E assim, essa noite em Madrid, outros 9.000 stormtroops estão sendo preparados para a batalha final.

Após o show, nós invadimos as comemorações no camarim a abordamos o Grande Conspirador novamente, prontos para as nossas ordens. Qual parlamento devemos bombardear primeiro, ó grande líder?

Matt balança a cabeça. “Todo esse negócio de controle da mente, controle da situação, é muito mais complexo do que a maioria das pessoas pode perceber. A revolução das mentes precisa acontecer antes de qualquer coisa física. Você precisa chegar ao ponto em que você lê o jornal e pensa ‘Isso é tudo um monte de b*sta’ antes que você possa começar a considerar em fazer alguma coisa concreta a respeito disso”.

Ele fica quieto de repente, como se estivesse captando um sinal de alguma antena.

“Eu não vou liderar uma revolução”, ele diz, e então sussurra, “mas vou ficar feliz em me juntar a uma”.

Acorde Bretanha: a revolução será maximizada!

 

 

Comments: 16

  • Gi.Dias

    11 de junho de 2011
    reply

    ainda acredito que a banda é um protesto tbm o/

  • dannyy

    11 de junho de 2011
    reply

    Bem, ele já tem 10 milhões de seguidores… ~
    Mas sério pô, Matt é um puta gênio!

  • Thalita____

    11 de junho de 2011
    reply

    Ele fica quieto de repente, como se estivesse captando um sinal de alguma antena

    As vezes eu faço isso rsrsrsrsr

    • Stela Sokolnik

      14 de junho de 2011
      reply

      +1

  • RoBellamy

    11 de junho de 2011
    reply

    “Eu não vou liderar uma revolução”, ele diz, e então sussurra, “mas vou ficar feliz em juntar a uma”.

    Quando quiser tamos ae o

  • Coltsfan

    12 de junho de 2011
    reply

    esse era o bom e velho Matt e suas teorias… hehe =X

  • theraissastence

    12 de junho de 2011
    reply

    ME DIVIRTO MUITO COM O MATTHEW BELLAMY.

  • Michael

    13 de junho de 2011
    reply

    EU quero essa entrevista para mim

    Ó GRANDE CONSPIRADOR: Livrái-nos dos leitores de mente e dos gatos gordos aqui no Brasil. Salvái-nos desses corruptos e dos aliens que nos observam.

    Quem mais achou que essa entrevista pareçeu uma consulta com um psquiatra?

  • Louise

    13 de junho de 2011
    reply

    MATT, VOCÊ É FODA!

  • Henrique Amorim

    13 de junho de 2011
    reply

    Eu adoro esse tipo de assunto, o Matt é d+

  • Izaa.

    15 de junho de 2011
    reply

    Concordo com ele ! Matt é d++++ meesmoo!

  • Cíntia_r_Muse

    15 de junho de 2011
    reply

    Isso tudo pq o Matt não deve conhecer a política brasileira… Imagina se ele conhecesse: palocsi, Roberto Gêferson, o cara do dinheiro na coeca q esqueci o nome, o renã Calheiros, e pelo menos metade da câmara e do ministério. kkkkkk. Uprising já!

  • Gabs

    17 de junho de 2011
    reply

    Take A Bow xD

  • MieBellamy

    17 de junho de 2011
    reply

    Por isso amo o Matt!

  • Guilherme Eduardo

    18 de junho de 2011
    reply

    Amigo os britânico chamam o Reino Unido ou a Grã-Bretanha de UK ou Britain, a tradução correta para Britain é Grã-Bretanha (Reino Unido) e não Bretanha, pois com esse termo você pode se referir ao Reino Unido ou a França.

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