Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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[Tradução] 10 Geeky Facts About Muse’s ‘Absolution’

Em homenagem ao aniversário de dez anos do Absolution, a NME fez uma matéria muito bacana com dez curiosidades sobre o álbum que vale a pena dar uma olhada. Confira o texto traduzido:

No aniversário de dez anos do ‘Origin of Symmetry’, nós ganhamos um Reading & Leeds Festival inteiro dedicado ao álbum, com palco cheio de postes gigantes de rugby e tudo mais. Portanto, nós não poderíamos deixar o décimo aniversário do (verdadeiro superior, na minha opinião) ‘Absolution’ passar sem marcar esse monólito da superioridade do meta-rock com a reverência que ele merece. Aqui estão dez coisas que, ao não ser que você tenha lido o livro “Out Of This World: The Story Of Muse”, você não deve saber sobre o ‘Absolution’…

1. O conceito

Inicialmente, o ‘Absolution’ foi planejado como um álbum conceitual acerca do tema da insanidade, assim como o bem sucedido ‘Dark Side Of The Moon’ do Pink Floyd. No fim das contas, a influência da guerra do Iraque mudou a direção do disco mas, como o produtor Paul Reeve explicou, “Ainda existem alguns elementos sobre isso. O que restou são coisas como ‘Butterflies and Hurricanes’.”

2. O pacto com o diabo

Considerando que seu título era “Action Faust” – referência ao pacto maquiavélico feito em Diabo de Goethe – uma interpretação online de ‘The Small Print’ diz que a música é sobre satã comprando a alma de alguém em troca de uma proeza musical supernatural. “Be my slave to the grave” (Seja meu escravo até o túmulo), Bellamy canta, “I’m a priest God never paid” (Eu sou um padre que Deus nunca pagou)”. O tipo de “letras pequenas” que você só esperaria encontrar se na verdade você se preocupasse em ler o novo contrato do cliente do iTunes, mas devo dizer, esse menino Bellamy é muito bom na guitarra, heim? Suspeito?

3. A mensagem inversa

Todos nós sabemos a base de ‘Stockholm Syndrome’, é claro – o assalto de banco de Kreditbanken na praça de Norrmalmstorg em Stockholm no ano de 1973, quando alguns dos reféns que foram mantidos presos por seis dias se apaixonaram e depois defenderam os raptores no julgamento – um deles até mesmo pegou o nome dos assaltantes antes deles sumirem. Mas você sabia que o refrão, quando tocando de trás pra frente, se assemelha a algo como “You can’t see me, we sneak off. I lost to love. Please… save the night wind and high above, I lost to love. Sing, save” (Você não pode me ver, nós fugimos. Eu perdi para o amor. Por favor, salve o vento da noite e além, eu perdi para o amor. Cante, salve.)?

4. O tambor de carroça

Os “instrumentos” incomuns que a banda tocou no álbum inclui coxas (que são batidas com as mãos em ‘Time Is Running Out’), uma piscina (onde o Dom gravou a bateria de ‘Apocalypse Please’), cascalho (no qual a banda pisou para gravar a Intro), bolhas de banheira de hidromassagem (overdub não usado de ‘Apocalypse Please’) e uma roda de uma carroça, usada como tambor em ‘Time is Running Out’. O quê? Sem fagote de Shatner?

(O fagote de William Shatner refere-se a uma parte do cérebro onde se processa um efeito similar ao uso de drogas e ao sexo e que também pode ser ativado por meio da música.)

5. A arquestra muda

“Normalmente, se você vai a uma sessão e tem músicos de cordas”, disse Paul Reeve sobre os dias em que a banda gravou com uma orquestra completa, “eles são, em geral, bastante esnobes. Eles acham que estão realmente acima dos outros, pensam que só estão fazendo aquilo devido a falta de algo mais apropriado a fazer. Mas o Matt se sentou e fez um pouco de seu pseudo-Rachmaninov no piano e os queixos deles caíram! A orquestra inteira ficou olhando para ele com absoluta admiração. Foi um momento adorável.”

6. O quarto inflável

Enquanto escreviam o álbum, o Muse contratou uma instalação de apartamentos vazios em Hackney onde eles poderiam tocar até as 4 horas da manhã. O apartamento era tão espaçoso que, seguido de uma visita de emergência a Ikea (loja de móveis, utensílios e acessórios para casa), Chris foi presenteado com seu próprio quarto inflável.

7. Conspirações globais

O video de ‘Time is Running Out’ com um conselho sombrio do Dr. Strangelove (famoso filme de Stanley Kubrick) e poderosos negociadores, foi inspirado na Comissão Trilateral, uma organização de banqueiros, acadêmicos, políticos, líderes sindicais, da imprensa e energia, criado em 1973, a quem Matt acreditava que realmente controlavam o mundo. Isso, é claro, antes de Simon Cowell e os Cookies do Facebook.

8. Pesadelos torturantes

Decidido que o ‘Absolution’ poderia ser sua maior declaração socio-política, o estresse começava a afetar Matt. Ele viveu extrema oscilação de humor no estúdio, as vezes marcada por uma incapacidade de auto-crítica e outros momentos de criatividade aparentemente inesgotável. O estresse o tomou ele de forma tão profunda, que ele começou a ter sonhos sobre ser pendurado de cabeça pra baixo pelos tornozelos e espancado na sola dos pés. Isto, claro, foi bem antes de GTA 5.

9. A festa de lançamento

Ao contrário do atual padrão de festas de lançamento de álbum, o Muse fez a estréia do ‘Absolution’ para impresa com uma grande exibição no planetário de Londres, mídia e convidados desfrutaram de um espetacular show estrelar antes de serem convocados para uma after-party no museu de cera Madam Tussauds, e tendo que passar na saída por um “quarto dos horrores” subterrâneo com atores fantasiados de zumbis aparecendo por todos os lados. Foi brilhante.

10. O mistério das sombras voadoras

A capa do ‘Absolution’ representando as sombras das almas subindo ao céu durante a “Ruptura” (passagem bíblica, que pode ser melhor entendida em Mateus 24:36-39), ou possíveis aliens descendentes, foi feita pelo artista Robert Truman, responsável pelo lendário conceito original do designer Storm Thorgerson’s (Pinky Floyd) e foi totalmente sem Photoshop. Como as sombras foram suspensas sem apoio aparente, continua a ser um mistério.

Comments: 7

  • Tatiana

    28 de setembro de 2013
    reply

    Gostei muito das curiosidades, é sempre bom saber um pouco mais profundamente sobre um álbum e esses pequenos detalhes elucidam algumas partes das canções e até mesmo o álbum como um todo.

  • Alice

    28 de setembro de 2013
    reply

    Sobre a curiosidade 10 e o mistério das sombras voadoras, ele já foi solucionado (eu acho): https://fbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash3/1239493_680984315258941_344611010_n.jpg

  • Aline

    30 de setembro de 2013
    reply

    Muito legal essa reportagem.
    Uma dúvida: vale a pena ler o Out Of This World?

    • john

      30 de setembro de 2013
      reply

      vale muito..é o melhor livro que tem sobre eles

      • Aline

        1 de outubro de 2013
        reply

        Já vou providenciar, então. Obrigada! 🙂

  • Ramon Buçard

    3 de outubro de 2013
    reply

    O conceito do álbum não foi mudado, apenas expandido, se antes iriam falar sobre a insanidade humana, a guerra do iraque expandiu isto e levou o álbum a tratar de todo o psicológico humano, em vários estágios e situações.

    O absolution é fantástico por isso, é único, por isso. Ele trata desde questões religiosas, apocalipse, ateísmo, morte, guerra, ciência, física, comportamentos, etc e é incrível que todo o álbum se encaixa, se junta de uma forma tão perfeita, mesmo tratando de vários aspectos da mente humana. Absolution é quase um curso de psicologia.

    Matt tem um conhecimento fora do sério de política, física, ciências, humanidades e etc e é tão inacreditável a forma com que ele transporta para as músicas.

  • Jessyca Maria

    28 de outubro de 2013
    reply

    Sobre as sobras na capa… Estava aqui pensando: todo mundo fala que o Truman só suspendeu aquele monte de pedaço de papelão e magicamente conseguiu tirar uma foto sem que as hastes aparecessem. Ok, mas e se ele suspendeu os papéis para ter o perfeito molde no chão, permitindo que ele pudesse, não sei… talvez pintar o chão? E como a sombra do rapaz aparece na foto e tem uma cor parecida com a pintura, há uma ilusão de ótica fazendo parecer que as sombras estão suspensas, enquanto que na verdade elas estão pintadas no chão.

    Não sei se isso faz sentido, mas foi o mais perto que cheguei de uma explicação sobre a capa.

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