Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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[TRADUÇÃO] 8 COISAS QUE APRENDEMOS COM A PSYCHO UK TOUR

Estivemos na épica noite final da turnê no Brighton Dome.

 

Brighton Dome

 

“Nós moramos em Brighton a maior parte de 2002”, Matt Bellamy declara à plateia empolgada da Costa Sul da Inglaterra. “É que nem Teignmouth, só que mais legal”, ele brinca, lembrando a cidade natal do Muse. “Nós moramos na casa do Winston Churchill e compusemos a maior parte de Absolution aqui – ficou um pouco estranho”.

 

Eles completam um ciclo, voltando ao mesmo espírito insano do início da carreira, e nós fomos conferir a última noite de sua turnê intimista UK Psycho tour, no Brighton Dome. Aqui estão oito coisas que aprendemos.

 

1. ‘Dead Inside’ é uma ótima escolha de single

Muitos lamentaram os elementos pop do primeiro single de Drones – a faixa de abertura do álbum que prometeu ser um retorno às origens mais pesadas. Bom, os que lamentam estão errados. A verdade é que ‘Dead Inside’ é puro Muse em sua essência, e a prova vem na razão pela qual a banda existe: a performance ao vivo.

A maioria dos fãs que foram ao show no dia do lançamento estavam ocupados demais fazendo fila nas ruas de Brighton para conseguir ouvir o lançamento na rádio, mas a reação de quem ouviu a música pela primeira vez ao vivo foi amor instantâneo e incondicional. Com uma veia pop que lembra ‘Madness’ e ‘Undisclosed Desires’, a melodia borbulha com uma ansiedade contagiante, enquanto ao vivo os elementos mais rock, o crescendo e a bateria, feita para as arenas, não nos deixam dúvida de que será uma favorita no set em breve, e ainda mais como abertura do álbum.

 

2. As músicas novas estão sensacionais

Foi uma grande sacada compor ‘Psycho’ com um riff que já tem 16 anos de idade. Não existe fã “casual” de Muse, ou seja, todos já conhecem o riff de shows ao vivo, ou do DVD HAARP, então Psycho nem parece uma música nova – na verdade, o riff foi cantado no mesmo volume do riff de Plug In Baby, assim como o berro de “I’M GONNA MAKE YOU…A FUCKING PSYCHO”. ‘Reapers’ também, é nada menos do que uma banda retomando o que sabe fazer melhor, e subindo para a estratosfera.

 

3. Quando o Muse disse ‘voltar às origens’, não estavam mentindo

Nada de sinos, nem apitos, nenhuma espaçonave, nenhum truque – não tem nem piano no palco. A única coisa que eles trouxeram do passado nas arenas foram os grandes balões pretos em ‘Bliss’. A verdade é que o Muse fez um esforço consciente para se livrar da pompa e extravagância de seus shows, para chamar atenção para o que realmente importa: três amigos de infância pirando em nome do rock. Eles sempre souberam fazer a mais vasta das arenas ficar pequena, mas a verdade é que os fãs nunca se sentiram tão próximos do Muse – que continue assim por muito tempo.

 

4. Fãs de Muse estão sempre a postos para fazer um mosh

Sem brincadeira, perdemos as contas de quantas vezes vimos as rodinhas de mosh se formarem. Os fãs sabem o que vem pela frente só pelo tom que a guitarra do Matt dá. Alguns usam a palavra ‘culto’ para descrever o que acontece ali, mas as ondas mútuas de devoção eterna entre a banda e os fãs é incomparável. Nós arriscaríamos usar a palavra ‘religião’.

 

5. Com o Muse, não existe ‘raridade’

Nesta turnê, eles tocaram b-sides e músicas menos conhecidas como ‘Agitated’, ‘Fury’ e ‘The Groove’ – mas agora, depois de ver por nós mesmos, não podemos mais usar a palavra ‘raridade’. “Essa foi uma b-side qualquer”, ri Bellamy, apresentando ‘The Groove’, mas não conseguimos ver o que há de ‘raro’ numa música que inspira uma reação tão familiar e unânime. Todos os fãs de Muse conhecem o Muse de trás pra frente.

 

6. Finalmente voltaram a tocar as primeiras músicas

Muitas bandas acabam deixando as músicas antigas de lado para agradar os fãs mais recentes. Mas como dissemos, não existe Muser ‘casual’, então quando o primeiro single de Showbiz, ‘Uno’, aparece no bis, é uma explosão tão forte quanto foi no começo, e é um lembrete surpreendente de como o Muse chegou ao cenário como uma visão musical completamente formada.

 

7. Não importa se é num lugar pequeno ou numa arena, Muse é tudo o que importa

Quando eles começam a tocar ‘Starlight’ e o Brighton Dome bate palmas em uníssono, ou quando você está gritando “I WANT YOU NOW” durante ‘Hysteria’, você esquece que está num local com capacidade para menos de 2000 pessoas. Podia ser Wembley, podia ser o Exeter Cavern, podia ser Glastonbury, podia ser um ensaio da banda – a verdade é que ninguém vive para o momento como o Muse.

 

8. Eles vão arregaçar no Download Festival

Que dúvida pode existir na sua mente? Se os sons pesados de ‘Psycho’ e ‘Reapers’ não foram o suficiente para convencer os céticos, pode confiar, o que vimos naquela noite é o suficiente para deixar o Download de joelhos na sua lama. Eles tem mais momentos dignos de moshpit do que a maioria das bandas que costuma tocar por lá, e tem uma coleção de músicas tão cheia de clássicos do rock modernos, que eles mais do que merecem ser os sucessores do AC/DC, Metallica e Black Sabbath no solo sagrado de Donington. O Muse já foi headliner em Reading e Glastonbury muitas vezes, e o Download Festival parece ser o desafio final – mas eles irão provar que estão à altura, e sem muito esforço. Honestamente, se eles não puderem, então quem vai poder? O momento deles é agora.

 

Fonte : Gigwise
Tradução: Flávia

Written By

Drone Master, mandante do crime, designer, programadora, amante de Muse mais do que a mãe (mentira, até porque a mãe ama Muse também) e também de Arctic Monkeys. Rondam-se boatos de que ela não seja Homo sapiens e sim Canis lupus.

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