Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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Gigwise

Junto com 5 fãs da banda, o site Gigwise fez uma review do The Resistance. O review descreve bem as músicas, e dessa vez não só do ponto de vista dos críticos, mas também dos fãs.

Clique em ler mais para ver a tradução. A matéria original está disponível aqui.

Muse – ‘The Resistance’: Guia faixa-a-faixa

Num cenário épico no topo de um dos prédios mais altos de Londres, a Gigwise teve a oportunidade de ouvir ao novo álbum o Muse, ‘The Resistance’, nessa terça-feira (1º de setembro).

Dê uma olhada nas primeiras impressões sobre o próximo álbum da banda.

´Uprising´
Se fosse necessária uma declaração de intenções para ‘The Resistance’, então ela é dada quase que imediatamente no refrão de Uprising. “Eles não irão nos forçar, eles irão parar de nos degradar,” canta o vocalista Matt Bellamy sobre uma combinação enfática de baixo e bateria, antes de adicionar de modo alarmante: “eles não irão nos controlar, nós seremos vitoriosos” É um começo intimidante para o álbum: um que mostra a toda força do Muse indo contra um sintetizador fantasmagórico que ecoa ao estilo Dr. Who e um riff de guitarra que soa um pouco como ‘Call Me’, do Blondie.

´Resistance´

Depois de uma abertura instrumental fantasmagórica, a faixa que dá nome ao álbum apresenta o primeiro sinal real de que o Muse anda ouvindo bastante Queen. Aqui parece que o falecido Freddie Mercury faz um dueto com Bellamy enquanto o vocalista do Muse canta repetidamente o refrão de “poderia ser errado, poderia ser errado”. É uma fatia ambiciosa de rock de estádio que galopa em direção a um clímax dramático, antes de ficar mais parada ao fim da canção.

´Undisclosed Desires´

Uma canção de amor sinistra onde, além da familiaridade com música retrô dos anos 80, toda a ênfase está nas palavras de Bellamy. Ele soa, às vezes, como se estivesse tentando incitar um demônio. “Você pode ser uma pecadora, mas sua inocência é minha”, canta o vocalista no começo, antes de adicionar, mais tarde: “eu quero reconciliar a violência no seu coração”.

´United States of Eurasia (+ Collateral Damage)´
Eu vou esquecer o fato de que essa realmente soa como Queen – é uma tentativa aberta de tentar reunir uma platéia de shows em estádios – e me focar na atmosfera criada pela interrupção assombrosa com um toque árabe na canção. O sufixo (+Collateral Damage) merece também uma menção especial, pois oferece uma justaposição emocional à apavorante letra de USoE. Bellamy prova ser um talentoso pianista durante todo ‘The Resistance’, mas mais ainda nessa faixa.

´Guiding Light´

Não há chance para respirar quando ‘Guiding Light’ aumenta o ritmo do álbum com bateria e baixo marcantes. A guitarra melódica de Bellamy na canção contém elementos do The Edge, antes dele – e da faixa – explodem em mais um riff monumental (pense em Queen, novamente). Nas letras, o vocalista ainda evoca imagens de amor e salvação ao dizer que “não há luz-guia restando”.

´Unnatural Selection´

Depois de começar com um som etéreo produzido por um órgão, ‘Unnatural Selection’ transforma-se num gigante correndo a toda velocidade (imagine ‘Supermassive Black Hole’, mas muito mais rápida) que, às vezes, parece deixar até mesmo Bellamy sem ar. Felizmente para o cantor, no entanto, a canção fica mais lenta enquanto ele canta “para ser mais rápido que a tempestade” sobre um solo distorcido de guitarra. O ritmo então aumenta novamente enquanto Bellamy e o baixista Chris Wolstenholme liberam um final que soa como Rage Against the Machine.

´MK Ultra´

Uma sinfonia de acordo com o Muse, ‘MK Ultra’ oferece uma introdução apropriada para as influências clássicas do álbum, sobre as quais Bellamy e companhia falaram tão fervorosamente durante a produção. O ritmo frenético da faixa é interrompido por uma sessão etérea de cordas, que o Muse conseguiu fazer soar como material próprio ao adicionar traços da psicodelia e versos pra cantar junto que são próprios da banda. Eu acho que essa canção vá deixar sua marca quando o Muse levar ‘The Resistance’ para a estrada em alguns meses.

´I Belong To You´

Juntamente com ‘Undisclosed Desires’, a introdução à base de piano de ‘I Belong to You’ é muito influenciada pelos anos 80. Mas, assim como o Keane nos mostrou ano passado com ‘Spiralling’, isso nem sempre é uma coisa boa. A letra – “eu viajei meio mundo para dizer que pertenço a você” – também são estilo Tom Chaplin demais, às vezes. Como aconteceu com as faixas anteriores do álbum, esta canção apresenta mais uma interrupção instrumental, na qual Bellamy aparece nos mostrando seu melhor francês. Piano e bateria retornam – junto com o que parece ser um oboé – na conclusão da música.

´Exogenesis: Symphony Part 1´

A primeira canção da sinfonia de três partes que conclui o álbum evoca o grupo orquestral de Gustav Holst, The Planets – o que é aceitável para uma banda que parece, às vezes, ter atravessado as camadas mais longíquas do espaço com ‘The Resistance’. Bellamy canta com inalações prolongadas de ar enquanto um longo e poderoso solo de guitarra emerge no fundo. É enervante e, acima de tudo, prova que ainda estamos ouvindo Muse, não Mozart.

´Exogenesis: Symphony Part 2´

A parte dois apresenta uma abertura guiada pelo piano com um solo de Bellamy. A sutileza é logo quebrada, no entanto, à medida que a canção se transforma numa sessão elaborada, fomentada pela bateria. É mais uma prova de que os membros do Muse estão determinados a se desafiarem em todos os níveis musicais através de ‘The Resistance’. A pergunta é: o que os fãs irão achar?

´Exogenesis: Symphony Part 3´

‘Exogenesis’ termina de uma maneira muito adequada ao Muse. Seguindo outra abertura orquestral, a canção se transforma num refrão épico e emotivo em que Bellamy e Wolstenholme dividem os vocais. A banda então reduz a velocidade à medida que a canção – e o álbum – chegam a um fim.

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