Entrevista com Dom em jornal norueguês

Ontem, Muse se apresentou no Hove Festival, na Noruega. Antes de chegar ao país, Dom havia conversado com o jornal Aftenposten, para contar o que esperava de sua nova passagem pela Noruega e um pouco do histórico da banda em estádios.

Confira a tradução:

É sempre visando à sua melhor apresentação que toda vez o Muse sobe ao palco. Os shows na Noruega nesse verão não são exceção, segundo o baterista Dominic Howard. Ele mal pode esperar.

O trio inglês está na ativa há aproximadamente 16 anos, mas é bem recente na divisão de elite. Após as duas noites de 2007 em Wembley, em que estavam fora de si, eles definitivamente chegaram lá. Fazer shows para 160 mil fãs é muita coisa, até mesmo em Londres.

Juntos, eles fizeram uma passagem bem-sucedida pela Noruega.

Nunca é a mesma coisa.

“Já fizemos muitos shows aqui. O que eu sei é que a Noruega é um bom país para tocar. As garotas são ótimas, a platéia também responde bem quando tocamos. Será interessante ver se eu lembro como foi a última vez em que estivemos aqui, quando voltarmos no verão.”

Ele promete um show intenso e enfatiza que a banda nunca faz duas apresentações iguais.

“Estamos trabalhando intensamente para forçar nossos próprios limites e mudar o tempo todo. Nenhum concerto é igual a outro. Quando chegarmos aí, faremos de tudo para proporcionar bons momentos ao público. Estou muito ansioso para encontrar todos os fãs noruegueses loucos por rock.”

– Muitas pessoas dizem que vocês tomarão o trono de bandas como U2 e Rolling Stones. Como você se sente?

“Acho estranho e errado, mas mesmo assim, lisonjeiro. Estamos falando de lendas reais. Embora tenhamos esgotado os ingressos em Wembley e em outras arenas gigantes, não podemos ser comparados a eles. Eles elevaram o conceito de show ao vivo a níveis escandalosamente altos e, claro, que são grandes modelos para nós.”

Ele não irá, portanto, se colocar na mesma categoria dos dois gigantes, mas acha que é ótimo ver shows das duas bandas.

“É muito inspirador ver que eles ainda fazem uma grande música, um show imenso e amam o que fazem. Espero que daqui a 20 anos, também possamos nos divertir tanto quanto nos divertimos hoje. Existe um objetivo que estabelecemos, que é amar fazer shows e músicas novas, para daqui a umas duas décadas.”

– Vocês não têm um histórico tão grande quando se trata de shows em estádios. Qual é a sensação de ter conseguido chegar lá?

“Antes do estopim em Wembley, em 2007, nós havíamos tocado em muitos festivais da Europa como headliners e a venda de discos era muito boa. Mas apresentações em estádios são outra história, são uma coisa só nossa. Não tínhamos certeza de que iríamos conseguir encarar Wembley, mas escolhemos fazer mesmo assim.”

Nova Era

“Felizmente, conseguimos esgotar as duas noites. Foi totalmente insano ver a multidão louca que estava lá para nos ver. Sentimos que fizemos os melhores concertos de nossas vidas, naquelas duas noites. Foi o começo de uma nova era para a gente, quando e onde percebemos que havíamos agarrado a oportunidade. Agora vamos ver aonde o futuro nos leva.”

Apostando tudo

Dom está preocupado com o fato de que a banda precisa se esforçar o máximo possível. Sempre.

“Trata-se de esticar seus próprios limites para preservar a criatividade. Toda vez que subimos ao palco ou estamos em estúdio, é para realizar o melhor que já fizemos. Para nós é sempre sobre isso. Temos que buscar coisas que estão fora de nossos limites, para sermos capazes de fazer isso de novas maneiras. Só assim conseguimos nos desenvolver como músicos e banda e continuar a ser criativos e inovadores. Portanto, a meta é que o próximo show seja sempre diferente. Devemos manter a energia e a impaciência, se quisermos continuar na estrada tanto quanto essas bandas a quem você nos comparou.”, ele acrescenta.

“E lembre-se de que ainda temos muitos anos pela frente…”

Fone: Erato1