Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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[Entrevista] News Of The World – Boletim Muse

O repórter Craig McLean entrevistou o Muse para o site News Of The World. Eles falaram sobre festivais de música, teorias conspiratórias, a origem da humanidade e Crepúsculo.

Confira nossa tradução exclusiva!

Enquanto se prepara para tocar em Balado, a locação do T in The Park, a maior banda britânica insiste que a apresentação será especial… e mais um pouco

“Que hora sai o helicóptero para as pirâmides?”

É hora do almoço no pátio semi-tropical do Four Seasons – o melhor hotel da Cidade do México. E o frontman do Muse, Matt Bellamy, está muito animado pela aparência do entretenimento da tarde.

Era de se imaginar. Este, afinal, é um rockstar que ama ficção científica e cujo maior sonho é tocar pairando sobre um palco. Ele até tem um profundo respeito pelos ensinamentos do antigo jornalista esportivo, que agora é conspiracionista, David Icke.

E, neste momento, sua banda tem algumas raras horas de folga da sua bem-sucedida turnê pela América do Norte.

Recentemente, eles tocaram para 50 mil mexicanos incrivelmente entusiasmados no estádio esportivo Foro Sol. Agora, espreitando na esquina está a vaga de atração principal da noite de sexta-feira do festival T in The Park – e Bellamy promete que será uma produção épica. Ele não quer entregar muito no momento, mas pode ser que haja uma pirâmide e um OVNI.

No entanto, a maior – e mais louca – banda britânica de 2010 não desperdiçará seu raro tempo de folga na capital mexicana descansando num spa. Há história para ser explorada e um cosmos para ser ponderado. E, na verdade, o frontman do trio já tem certo conhecimento sobre os maias e suas pirâmides.

“Eu sei do calendário deles,” confirma o pianista/guitarrista autodidata e principal letrista – que escreve todas as músicas do Muse na reclusão da sua mansão perto do Lago de Como, no norte da Itália.

“As mensurações de tempo deles eram um pouco mais avançadas que as nossas,” ele adiciona, num sotaque que pouco revela a infância da banda em Devon.

“Nós só usamos a rotação da terra, da lua e do sol. Os maias incorporavam a rotação da galáxia. É possível que o aquecimento global seja parte de uma estação de longo prazo, uma estação galática.”

As pirâmides, conta o vocalista, foram feitas como um mapa estelar. “Eu pesquisei sobre isso, uma vez,” ele explica. “Mas muita coisa é simplesmente loucura. As pessoas ficam loucas tentando achar sentido nas coisas. Eu fiz isso algumas vezes,” ele conclui, contente.

O cantor de 32 anos parece bem orgulhoso do fato. Este é um rockstar feliz por estar em contato com seu geek interior e exterior.

Desde que foi formado na escola, em 1994, o Muse tem firmemente construído uma reputação de sons e visuais chamativos. “Parte da nossa música se deixa levar para um lado mais épico,” admite Matt.

E nessa categoria cai a faixa United States of Eurasia, do seu último álbum, The Resistance. É um hino fantasioso para o bloco de poder pan-nacional que ele acha que está no controle do planeta.

Mas ele poderia facilmente estar se referindo a Knights of Cydonia, do seu álbum de 2006, Black Holes & Revelations. É uma música de seis minutos sobre uma batalha entre caubóis couraçados em Marte. É tanto futurística quanto retro: o ritmo galopante da guitarra evoca o The Tornados, grupo dos anos 60 que compôs o hit Telstar.

Isso não é inteiramente uma coincidência – o pai de Matt, George, tocou guitarra no Tornados, que trabalhou com o lendário produtor Joe Meek.

O vocalista também revela que, originalmente, ele queria que o atual palco do Muse mostrasse o frustrado romance no núcleo da sombria, mas influente, obra de George Orwell, 1984. Esse tema também é explorado na faixa Undisclosed Desires.

Mas o Muse, naturalmente, queria contar a história através de, er, dança aérea. Eles chegaram até a ensaiar com acrobatas e trapezistas.

“Estava começando a parecer com o Cirque du Soleil, pra falar a verdade,” diz o baterista, Dom Howard, que, como Matt, tem 32 anos.

“A gente poderia ter trazido uns anões malabaristas cuspidores de fogo e acabado com tudo.” No entanto, os três membros do Muse se contentaram em aparecer no palco em cima de torres individuais que subiam e desciam à medida que o show seguia. Ou, como Bellamy descreve: “Nós acabamos indo por uma rota mais ‘arranha-céus’.”

Arranha-céus, OVNIs, pirâmides: eles podem ser a atração mais bem paga dos maiores festivais deste verão – incluindo o Glastonbury, que aconteceu fim de semana passado, onde Matt andou acompanhado por seu novo caso, a estrela hollywoodiana Kate Hudson – mas o Muse coloca muito dinheiro do seu próprio bolso nos shows.

“É, andamos gastando,” diz Matt, alegre. “Andamos gastando muito mesmo. De fato, corremos o risco de falir.”

Vale a pena todo esse esforço, planejamento, idealização, tristeza quando as coisas dão errado, e não fazer um centavo sequer de lucro?

“Eu acho que sim,” ele responde. “Você só tem uma chance na vida e outra na morte de fazer esse tipo de coisa.”

No momento, é claro, o Muse está no topo do mundo. O The Resistance está vendendo feito água pelo planeta inteiro, impulsionado pelo single meio Dr. Who, meio glam rock, Uprising.

Eles também tem uma música na recém-lançada trilha sonora do terceiro e mais novo filme da franquia Crepúsculo (a banda esteve nas trilhas dos dois primeiros). Eles estão tomando conta da TV e rádio americanas.

“Ter estado na trilha do primeiro filme foi provavelmente o pontapé inicial pra gente nos EUA,” diz o baixista Chris Wolstenholme, 31 anos.

“É uma boa maneira de mostrar sua música para um monte de gente jovem, essa é a verdade,” adiciona Matt.

“Eu realmente acredito na nossa música, e no significado por trás de tudo que estamos fazendo. E, por causa de certas coisas que falamos sobre, em certas canções, a mídia não quer que sejamos muito populares,” ele diz, fazendo referência às suas teorias conspiratórias. “Então precisamos utilizar métodos alternativos para fazer com que nossa música seja ouvida, métodos que às vezes podem parecer questionáveis.”

“Mas, se eu fosse um adolescente nos dias de hoje, certamente preferiria estar ouvindo a música que nós fazemos do que essas coisas populares e sem valor por aí. Parece que há uma quantia enorme de música que não contém nenhuma mensagem ou significado ou qualquer intenção de fazer qualquer coisa.”

Se você perguntar ao frontman – que é um dos que acreditam que os atentados de 11/9 foram um trabalho interno – qual sua teoria conspiratória favorita, ele dirá: “19 caras subiram em aviões e atacaram os EUA.”

Como Howard diz: “Matt definitivamente se afunda mais nessas coisas conspiratórias do que eu. Às vezes eles vai longe demais.”

No entanto, apesar das ideias malucas, Bellamy é um cara divertido e ambicioso, mas deveras crítico de si mesmo.

“A origem do Muse? Eu não quero insultar nossa própria música, mas eu não diria que é necessariamente inteligente,” ele diz. “Mas definitivamente há coisas sutis no que eu escrevo. Eu estou andando por uma fina linha entre ser realmente um militante, por certos pontos de vista, e tentar fazer algo um pouco mais pop para ter um alívio.”

“A origem do homem? Não tem nada a ver com deuses e a misteriosa adoração de uma criatura desconhecida. Eu acho muito mais plausível que tenha havido alguma interação com espécies alienígenas. Imagine uma espécie humana primitiva e alguém como nós aparece dirigindo um carro – eles achariam que é um deus! Dava certamente para ganhar poder sobre uma espécie primitiva usando tecnologia.”

Veja bem, este repórter que vos fala está acostumado com popstars e sua visões estranhas sobre a vida. Mas mesmo no imprevisível mundo do pop, esse cara está indo bem longe. Ele não acredita mesmo que nós descendemos de extra-terrestres, né?

“Eu sou uma pessoa cética,” ele sorri. “Eu uso a palavra ‘acredito’ muito, muito pouco agora. Ando tão cético sobre a realidade.” Ele olha ao seu redor no luxuoso pátio do hotel. “Eu só vagamente acredito que realmente estejamos aqui.”

Depois do show da banda na Cidade do México, o vocalista festejou até o amanhecer com os roadies do Muse. E, quando ele se encontra comigo, está claramente muito emocionado com a experiência.

“Eu queria fazer um brinde para a equipe ontem à noite,” ele confessa, “porque quem sabe se eu os verei de novo algum dia, levando em conta os vôos que eles tomarão hoje.”

Aviões tem sido um ponto problemático na turnê do Muse desde que a nuvem de cinzas islandesa acabou com seus tão bem organizados planos. O caos que viajantes normais experienciaram depois que o vulcão Eyjafjallajoekull entrou em erupção foi aumentado várias vezes para uma banda que voa quase todo dia quando está em turnê.

Mas, nesse momento, a imaginação hiperativa do vocalista o diz que a razão pela qual estamos voando novamente é motivada pela economia, e não pela segurança. “Alguém fez as contas,” ele insiste. “Um ou dois aviões caindo contra nenhum vôo sequer. Uma equação foi feita.” E então, com um olhar de quem está por dentro dos assuntos, ele adiciona: “As coisas são obscuras lá fora.”

Conspirações, ficção científica, política, caubóis em Marte – o Muse consegue cobrir todos esses assuntos em hinos exagerados e pulsantes.

Hoje em dia eles fazem parte da realeza do rock, conseguindo até uma participação especial do guitarrista do U2, o The Edge, no Glastonbury.

Então quando eles tomarem conta do palco principal do T in The Park na sexta-feira – dando início a um fim de semana que verá nada menos que 180 apresentações, incluindo os gigantes do rap Eminem e Jay-Z, os heróis indie do Kasabian e as lendas do rock inglês Stereophonics – é certo que serão uma atração que os 85 mil fãs presentes não esquecerão tão rápido.

Desde o tempo que eles tocavam em pequenos clubes de Glasgow – antes de três performances memoráveis no T entre 1999 e 2001 os ajudarem a ficarem mais perto da fama internacional – eles tiveram uma merecida reputação de serem uma ótima banda ao vivo. A sua última aparição no T in The Park, em 2004, foi uma enorme façanha, recheada com as favoritas dos fãs, como Muscle Museum e Sunburn, assim como material do álbum Absolution. Versões impecáveis de Plug In Baby e New Born levaram a multidão ao delírio.

Mas será que Matt nunca tem vontade de escrever uma simples canção de amor?

“Bom, na maior parte do tempo eu acho que escrevo sobre emoções,” ele diz.

A faixa que escreveu para o novo filme da franquia Crepúsculo, ele insiste, é sobre amor. “Tem relação com a minha situação pessoal,” ele diz, falando sobre o fim do seu último relacionamento, com uma psicóloga italiana. “E eu sei que muita gente vai vê-la como uma música de amor muito brega”. Como é chamada? “Neutron Star Collision.”

Ah, o romance!

Fonte: News Of The World

Written By

A equipe mais animada, doida, faladeira e confusa que um fã clube de Muse poderia ter. Nós amamos Muse de todo o coração assim como (a maioria) dos seus fãs. A dedicação é de coração.

Comments: 7

  • Rodrigo

    4 de julho de 2010
    reply

    só o Matt mesmo xD

  • dannyy

    5 de julho de 2010
    reply

    Adorei!

  • Izaa.

    5 de julho de 2010
    reply

    Legaal =D

  • Cris_of_Cydonia

    5 de julho de 2010
    reply

    Matt,
    eu te amo!
    Assinado: Cris

  • Mary

    10 de julho de 2010
    reply

    ount, matt lindo e fofo *-* aliens? SUHSUSHSUSHSUSHUSHSUHSUSHUSHUHSUHSUSHUSHUSH te amo <3

  • paolaBellamyHowardWolstenholme

    30 de dezembro de 2010
    reply

    brega, Matt? tah maluco??? é linda essa musica… love you!

  • paolaBellamyHowardWolstenholme

    30 de dezembro de 2010
    reply

    matt, my love will be forever!

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