Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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Especial NME: Conheça Matt Bellamy

 Entrevista republicada na revista NME em maio de 2010 como edição de colecionador.

Ele é o comandante conspirador de teorias por trás da melhor banda ao vivo do século XXI que, hum, costumava roubar carros e gostar da babá.

Que música melhor te descreve?

Blue Valentine”, do Tom Waits.

 O que é o céu?

Um ideal cristão sobre a mente sem a existência do corpo.

 O que é o inferno?

Tenho pesadelos recorrentes sobre estar num campo de concentração nazista com a minha família e estar sendo constantemente mandando para a solitária.

 Qual é a sua primeira lembrança?

Eu me lembro de estar rodando várias vezes com um balde e uma espada nas mãos, soltando-os e estraçalhando um grande espelho. Minha mãe disse que eu tinha amaldiçoado a família por sete anos!

 Qual foi a pior encrenca em que você já esteve?

Entrei num grupo meio suspeito de amigos e roubávamos carros vagabundos e os vendíamos. Pegamos um Escort de um ferro velho que era administrado pelo cara mais barra pesada da cidade, e ele descobriu que tínhamos vendido o carro para alguém por umas cem libras. Ele veio até a minha casa e disse que botaria fogo nela quando a minha família estivesse lá dentro se eu não lhe desse quinhentas libras. Então tive que dar para o cara o ônibus de turnê que tínhamos na época.

Quem foi o primeiro amor da sua vida?

Minha babá. Ela salvou minha vida quando eu estava engasgando uma vez e depois disso comecei a amá-la.

 Qual o melhor conselho que você já recebeu?

Usei um Tabuleiro Ouija e perguntei se existia vida após a morte. Algum espírito respondeu “Aquele procura conhecimento procura a tristeza!”

 Se fosse invisível por um dia, o que você faria?

Invadiria o Palácio de Buckingham e torturaria muita gente.

 De que maneira você mais gostaria de morrer?

Se eu tivesse uma escolha, seria afogado. Ouvi dizer que é bem relaxante. Aparentemente tem uns segundos de pânico quando seus pulmões se enchem de água, mas quando ela já está lá dentro, você relaxa. Você pode se sentar no fundo e pensar “ei, isso é legal” e adormecer gradualmente. Parece um jeito calmo de morrer – só flutuando, parece meio viajado. Fiz um pouco de mergulho, e então eu gosto bastante de ficar no mar com os peixes.

 O que é melhor, os shows pequenos ou os de estádio?

Temos algumas músicas que só podem ser tocadas na frente de um mínimo de dez mil pessoas. Elas enfraquecem em espaços pequenos. Não me importo com o fato de nossos shows estarem ficando maiores. Do nosso ponto de vista no palco, a diferença entre cinco mil e vinte mil não é tão grande, tudo vira um borrão depois das primeiras cinco mil pessoas. Outras bandas têm problemas, no entanto: lembro-me de ouvir falar que o Nirvana perdeu alguma coisa tocando nesses locais maiores.

 Você se considera uma celebridade?

Existem umas bandas cujo conceito de “fazer sucesso” gira completamente em torno de coisas fora da música. Às vezes encontro essas pessoas. Não vou citar nomes, mas você acha que eles vivem num mundo tão diferente do nosso, apesar de algum deles estarem no mesmo nível que nós. O Muse não tem isso, não somos consumidores desse mundo de revista de fofoca. Não me sinto como uma celebridade. Acho que somos o completo oposto disso. Não sei bem como definir “celebridade”, mas parece que é quando você é famoso por causa do seu rosto, ou da sua presença na televisão, ou por estar em capas de revista – mas não por causa de algum talento. Conosco foi diferente. Só somos conhecidos pela música, então as pessoas não tentam nos perseguir por aí, especulando sobre nossas vidas pessoais. Quando você conhece as pessoas, você deve julgá-las pelo que elas são, e não pelo que a mídia te manda pensar sobre elas.

 Qual foi o grande momento do seu pai na música?

A banda do meu pai gravou a música preferida da Margaret Thatcher e fez shows com Rolf Harris. Ela era de uma banda chamada The Tornados e a música se chamava Telstar. Foi muito antes de eu nascer, então foi bem interessante ouvir falar sobre ele fazendo shows com Rolf Harris e os Beatles e todas essas histórias. Era estranho naquela época porque era um mundo de turnês meio que diferente – você não podia tocar pelo mundo todo como agora – então as experiências dele foram bem menores. Ele até fez uma temporada no Butlins.

 Quais são seus desejos finais?

Que a gravidade na Terra fosse menor para que as aranhas pudessem morrer. Que eu pudesse ser feliz numa solitária. E que os artistas não mais precisassem da mídia como uma ferramenta para alcançar as pessoas.

Comments: 14

  • fibellamy

    23 de julho de 2010
    reply

    em primeiro lugar tambem quero agradecer á babá!! e em segundo se ele nao quer ter nada a ver com revistas de fofocas aconselho vivamente a afastar-se da Kate x)

    • Cris_of_Cydonia

      23 de julho de 2010
      reply

      em primeiro lugar tambem quero agradecer á babá!! e em segundo se ele nao quer ter nada a ver com revistas de fofocas aconselho vivamente a afastar-se da Kate x) [2]
      Concordo em gênero, número e grau ¬¬

  • Gustavo

    23 de julho de 2010
    reply

    ele nao gosta de aranha .. nem eu .. uheueh !vlw baba(2)

  • Marii.

    23 de julho de 2010
    reply

    Cara, ele é muito fofo! Adoro as entrevistas dele! 😀

  • dannyy

    23 de julho de 2010
    reply

    “Aquele que procura conhecimento, procura a tristeza.” É verdade.

  • Maria Luiza

    23 de julho de 2010
    reply

    ôo que fofo ele se apaixono pela babá

  • coltsfan

    23 de julho de 2010
    reply

    hm

  • Izaa.

    23 de julho de 2010
    reply

    “Que a gravidade na Terra fosse menor para que as aranhas pudessem morrer.” – Eu tbm queria que isso acontecesse =D

  • yasmim

    23 de julho de 2010
    reply

    “De que maneira você mais gostaria de morrer?”
    Aaahhh não morre não Matt!!! xD

  • gabriel

    23 de julho de 2010
    reply

    maravilhosa, espero poder ler algo assim de chris e dom, eles devem ser tçao interresantes quanto o matt, ele com sua consciencia controversa que conseque agradar a sabios e barbaros, ele é o melhor sem duvida alguma, o melhor…

  • mems

    23 de julho de 2010
    reply

    credo, morrer afogado, que horror! Deve dar muito desespero, acho que monóxido de carbono é mais tranquilo, fica aí a dica -NNN

  • mems

    23 de julho de 2010
    reply

    Adoro essas entrevistas assim curtinhas e interessantes.

  • Isabelle Alencar

    31 de julho de 2010
    reply

    Proibam o Matt de ir a praia ele pode ter idéias nada legais..

  • andrew pedrosa

    1 de abril de 2011
    reply

    caramba essa ideia de morrer afogado é show, vou fazer a experiencia, se der certo, se for igual ele descreveu. eu aviso pra vcs, nao sei como mais aviso.

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