Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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Chris Fala à The Sacramento Bee

Muse traz seu grande (e sutil) som para Sacramento.

Por Carla Meyer

Por anos, Muse tem sido grande na Europa, grande na Austrália, amados no Japão – lugares que apreciam o falsetto elástico combinado com arranjos orquestrais e riffs monstro de guitarra.

Formado em Devon, Inglaterra, em 1994 – quando o cantor-guitarrista-pianista Matthew Bellamy, o baixista-tecladista Chris Wolstenholme e o baterista Dominic Howard eram adolescentes – Muse criou um som que é grande seja onde for ouvido.

Mesmo as músicas mais melosas de Muse transbordam de energia, e o grande senso de espetáculo da banda aparece tanto em seus vídeos quanto em suas apresentações ao vivo.

Os Estados Unidos estão acordando para acompanhar a Muse mania, alimentados pela reputação de um dos melhores shows do mundo. Depois de aparecer nas três trilhas sonoras da saga Crepúsculo e emplacar um hit com o hino Uprising, do álbum The Resistance, de 2009, Muse encabeça – e lota – arenas de shows nos Estados Unidos.

Na Terça-feira, a banda apareceu no Arco Arena. Wolstenholme, que conversou conosco por telefone semana passada, antes do show em San Diego, discutiu o som e a carreira de Muse.

Parece que vocês realmente conseguiram conquistar os Estados Unidos nos últimos anos…

Sim, eu acho que quando Absolution (2003) foi lançado, foi nosso primeiro álbum nos Estados Unidos. O nosso primeiro contrato com gravadora foi na America, com a Maverick. E nós fizemos Showbiz (1999) e nada aconteceu… Eu acho que (a gravadora) queria um grande hit para as rádios antes de estarem dispostos a pagar para irmos numa turnê, e nós não entendíamos isso.

Obviamente, agora sabemos que a America é muito diferente do resto do mundo na maneira que funcionam as rádios. Mas nós sempre sentimos que na Europa, e em todos os outros lugares, a banda estava indo muito bem por causa da quantidade de shows e à nossa volta àqueles lugares. Nós sempre ficamos um pouco estupefatos, pois sempre sentimos que não havia razão para a nossa abordagem não funcionar na America.

Quando Origin of Symmetry (2001) saiu, nós achamos que a America estava realmente perdida. A Maverick não gostou muito do álbum, e eles não estavam dispostos a pagar uma turnê, então nós pensamos ‘Bom, então nos concentraremos na Europa, Austrália e Japão’.

E assim nós fizemos, e então quando fizemos o Absolution a Warner Bros apareceu… eles tinham visto o que estava acontecendo no resto do mundo e estavam dispostos a injetar dinheiro para tentar nos colocar na America através das turnês. Então nós fizemos aproximadamente 6 meses de shows nos Estados Unidos, e estávamos sempre voltando prá cá.

Quanto a aparição nas trilhas de Crepúsculo ajudou na popularidade de vocês nos Estados Unidos?

Realmente ajudou. Acho que nesses tempos em que as pessoas não vão simplesmente e compram muitos discos, você tem que fazer esse tipo de coisa para se expor para as pessoas que não conhecem a banda. Causou um burburinho, e mais pessoas apareceram para nos ver ao vivo. Nós estamos tocando em arenas aqui, e nós estamos realmente gostando. Acho que é algo que sempre quisemos, mas pensamos que nunca teríamos.

Agora vocês são conhecidos como a Melhor Banda Ao Vivo. Demorou muito para desenvolver a performance ao vivo?

Sim. O tipo de banda que crescemos ouvindo eram bandas que tinham boas apresentações ao vivo – Nirvana, Rage Against the Machine… Nós queríamos aquele nível de respeito. Eu acho que o verdadeiro âmago, e alma de qualquer músico é o que eles fazem no palco, o que eles fazem de verdade. Qualquer um pode ser bom num estúdio.

No início, nós tocávamos bem, mas acho que tínhamos problemas com a confiança. Nós mal nos movimentávamos pelo palco. No início, particularmente apoiando bandas como Red Hot Chilli Peppers e Foo Fighters, nos sentimos fora de nossa profundidade, pois éramos muito jovens, 19 ou 20 anos, em frente a 25.000 pessoas todas as noites. E isso nos fez perceber que precisávamos melhorar um pouco o nosso jogo, entende? Nos tornar atores, se fosse preciso.

Nós costumávamos só ficar de pé e tocar. E percebemos que, para tocar bem ao vivo, era preciso fazer um espetáculo também. É algo em que nós melhoramos muito e agora é bem natural. Acho que é algo que todos tem dentro de si, mas sempre há problemas com auto-consciência e auto-confiança que perturbam isso.

Vocês têm sido muito comparados com Queen. Como você se sente em relação a isso?

Eu não ligo. Quero dizer, eu adoro Queen. Eu acho que Queen é uma grande banda.

Todos nós somos fãs de Queen. Eu acho que Queen era da geração em que nossos pais cresceram. Eu me lembro de ouvir muitos discos do Queen quando eu era mais novo pois minha mãe e meu pai adoravam. E eu acho que era o mesmo com os pais do Matt. Eles ouviam Queen. Era o tipo de musica que sempre estava tocando no carro quando eu estava crescendo. É o tipo de coisa que influencia sua vida mais tarde.

Eu acho que musicalmente, nós somos bem diferentes. Eu acho que o ritmo é muito diferente. Mas, eu acho que há uma abertura que nós temos e que Queen tinha, tipo, você sabe, de não ter medo de ser um pouco tolos de vez em quando. Acho que isso era o Queen – ser muito extraordinários e não ter medo de se fazerem de bobos. Acho que isso é algo que aprendemos com eles.

Mas também tem horas em que eles eram bem sutis. Eu acho que Queen é obviamente uma das muitas influencias. Eu não ligo para as comparações, eu consigo ver de onde elas vêm.

Contanto que ninguém diga que nós acabamos com Queen, o que ninguém fez até agora (risos).

Fonte: The Sacramento Bee

Comments: 4

  • riquemota

    27 de setembro de 2010
    reply

    “Quando Origin of Symmetry (2001) saiu, nós achamos que a America estava realmente perdida. A Maverick não gostou muito do álbum, e eles não estavam dispostos a pagar uma turnê…”

    Só devia ter loucos na Maverick, só pode ser, Origin é o melhor.

  • Maria Luiza

    27 de setembro de 2010
    reply

    entrevista legal

  • dannyy

    27 de setembro de 2010
    reply

    “Contanto que ninguém diga que nós acabamos com Queen”, por enquanto Chris, por enquanto…

  • paolaBellamyHowardWolstenholme

    30 de dezembro de 2010
    reply

    love chris

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