Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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Entrevista com Chris no Technician

Technician teve a oportunidade de bater um papo com Chris Wolstenholme, o baixista e vocal de apoio da banda inglesa Muse. Para inaugurar a turnê de outono norte-americana, os rockeiros alternativos tocarão no RBC Center, na próxima terça-feira. Será a primeira aparição da banda na capital desde que tocaram com o U2 no Carter-Finley Stadium, em 2009.

Technician: Como o Muse começou?

Wolstenholme: Tínhamos uns 15 anos, muitas pessoas estavam chegando naquela idade de terminar o colégio, de pensar em uma carreira profissional e no que gostariam de fazer, tinham perdido o interesse (em fazer parte de uma banda). Acho que eu, Matt (vocalista) e Dom (baterista) éramos umas das poucas pessoas que gostariam de continuar na música, estar em uma banda e nos sentirmos parte de alguma coisa. Foi mais uma coincidência, na verdade. A banda de Matt e Dom acabou e a minha estava indo pelo mesmo caminho. Os dois começaram a trabalhar em sua própria banda e me chamaram pra tocar com eles. Eu era baterista na época e eles queriam alguém para tocar baixo e fazer backing vocals, então eles perguntaram se eu poderia fazer isso. Eu nunca tinha tocado em um baixo até aquele ponto da minha vida. Ensaiei algumas vezes com eles e tudo começou ali, era 1994.

Mas levou um bom tempo para embalarmos. Os primeiros cinco anos foram muito duros. Acho que particularmente naquela parte do país em que vivíamos não havia um cenário musical rolando na época. Não era como em Londres ou Manchester, nós morávamos numa parte rural do Reino Unido e existiam poucos lugares para tocar. Passamos mais tempo ensaiando do que fazendo shows.

Assim que assinamos com a Maverick e diferentes selos em diferentes países, fazer turnês passou a ser tudo para a gente. Caímos na estrada e nunca olhamos para trás. Acredito que tenha sido um ótimo jeito de projetar a banda. Para nós, fazer apresentações é muito importante. Acho que estamos em uma boa posição agora, já que a indústria de venda de álbuns passa por um mau momento. E sabemos que podemos fazer show praticamente em qualquer lugar do mundo.

Technician: O que inspira a música de vocês?

W: Acho que a única coisa que sempre fizemos em relação à música é variar. Turnês musicais são como educação. Sempre estivemos abertos a explorar diferentes áreas da música e diferentes maneiras de fazê-la. Há algumas influências – particularmente nos álbuns mais recentes – que não são necessariamente de músicas que nós ouvimos. Mas são definitivamente abordagens à música que consideramos atraentes. Nos últimos dois álbuns, tivemos influências eletrônicas. Eu não escuto muito essas músicas eletrônicas horrorosas, mas estou certamente interessado no modo com que são produzidas, pois são realmente diferentes de produzir faixas que levam guitarras. A música com guitarras sempre nos definiu e acho que continuará sendo assim. Sinto que entre nós três, há ainda muita coisa a ser feita com guitarras. Mas se você realmente quiser expandir seu repertório, precisa ser influenciado por outras coisas. Matt sempre foi fortemente influenciado pela música clássica, então a música clássica combinada com o rock e com certos elementos do gênero eletrônico criaram o som totalmente novo que estamos fazendo.

Technician: Qual é a sua parte preferida quando se trata de fazer turnês?

W: Obviamente é o show. Todos os dias você acorda e a única coisa pela qual anseia é entrar no palco. Fora o show, é uma oportunidade de ver o mundo. Existem muitos países que são lugares que eu pensei que nunca fosse visitar em um milhão de anos. É ótimo ter essas experiências, acho que te fazem manter a mente aberta, ver diferentes culturas e pessoas. Claro que a viagem é muito difícil às vezes – você passa muito tempo meio mal por causa da diferença de fuso, espera muito em aeroportos, carros, vans e ônibus de turnês. Inicialmente, é muito excitante porque você viaja o tempo todo, mas depois fica cansativo e assim que você passa dessa fase, tudo acaba se tornando um modo de vida. Para nós, embarcar num avião é como entrar em um ônibus para a maioria das pessoas.

Technician: Você tem histórias de fãs malucos?

W: Nós somos seguidos às vezes, mas depende de onde você está. Quando vamos para a Ásia, Japão e lugares assim, em que muitas bandas da Europa ou da América não vão tanto, os fãs ficam meio extasiados quando alguém aparece por lá.

É engraçado, você chega ao aeroporto e tem centenas de pessoas para te cumprimentar. É bem hilário quando voamos para Nova York, Heathrow ou alguma cidade grande e ninguém dá a mínima. Mas quando vamos para a Indonésia ou Tóquio, por exemplo, centenas de pessoas estão no aeroporto para conseguir autógrafos. No hotel, sempre tem algum fã escondido atrás da cortina ou andando no saguão como se fosse hóspede. De repente, você se vê cercado por 30 pessoas de uma vez. Mas não acho que tenha existido alguma situação muito doida. Se é algo que te irrita, então você provavelmente não deveria estar em uma banda. Acho que o motivo pelo qual a maioria das pessoas forma bandas é que elas querem ser amadas e são inseguras – é por isso que você entra em um grupo; você se torna um exibido.

Technician: Existe algum trabalho novo ou agora vocês estão focados em promover The Resistance?

W: Estamos concentrados nos shows agora e chegando ao fim de um ciclo de turnês. O ano que vem não será realmente um ano para fazer tour. Lá pelo fim do ano que vem, nos juntaremos para começar a trabalhar em material novo. Estou certo de que Matt já tem muitas idéias para músicas novas. Não estamos com pressa de lançar um álbum novo. É mais importante descansar um pouco depois desse álbum, porque não tivemos uma folga de verdade nos últimos doze anos. Acho que todos nós sentimos que esse é o momento certo para fazer isso, não desaparecer completamente, mas tirar umas férias por um tempo. Fizemos tanta coisa, lançamos um álbum a cada dois anos e meio ou três nos últimos doze anos e eu acho que devemos fazer as pessoas esperarem um pouco. Mantenha-os famintos.

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A equipe mais animada, doida, faladeira e confusa que um fã clube de Muse poderia ter. Nós amamos Muse de todo o coração assim como (a maioria) dos seus fãs. A dedicação é de coração.

Comments: 6

  • dannyy

    22 de outubro de 2010
    reply

    “Mantenha-os famintos.” Que é isso Chris! Mas tudo bem, eu posso esperar.

    • zsbianca

      22 de outubro de 2010
      reply

      saushuahsuahsuahsu é verdade u.u QUE DEIXAR, NÓS FÃS, MALUCOS ESPERANDO POR NOVO ALBUM, MUSICA??? U.U ahsuahsaushs. Por favor tirem férias mas com uma condição: não desapareçam e nos deixe sós T.T uahsuhauuahs

  • Izaa.

    23 de outubro de 2010
    reply

    Espero que não demorem muito!!!!

  • Coltsfan

    23 de outubro de 2010
    reply

    “Como o Muse começou?”

    elas ja devem ter respondido essa pergunta 1 milhão de vezes esse ano! alô criatividade!

  • Maria Luiza

    23 de outubro de 2010
    reply

    ” Como o Muse começou ? ”
    Hello vai no wikipedia

  • mems

    25 de outubro de 2010
    reply

    Ai, né? Toda vez eu fico pensando: mas de noooovo essa pergunta? Criatividade mil pra esses repórteres.

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