Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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[Review] John Paul Jones Arena

Por: Tristan Lejeune

Publicado em: 28 de Outubro de 2010.

Um ano atrás, depois de vê-los pela segunda vez, esse crítico contou aos leitores do Daily Progress que Muse era a “Melhor Banda de Abertura de Rock ‘n’ Roll do Momento”. Na época, claro, foi quando o trio de rock-prog-glam de Teingnmouth, Inglaterra, abriu para um grupo de Dublin conhecido como U2. Algumas 55 semanas depois Muse está voando sob sua própria bandeira, e qualquer um que esteja familiarizado com nomes de músicas tais como “Resistance” ou “United States of Eurasia” sabe que essa bandeira é um estandarte de batalha, um verdadeiro punho no ar para os fãs do falsetto.

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É bom vê-los de novo” – disse o vocalista/guitarrista Matt Bellamy à multidão no John Paul Jones Arena na quarta-feira, e o sentimento era mútuo. Bellamy e o baixista Christopher Wolstenholme esculpiram linhas na areia com suas cordas, e a máquina de combustão interna que é o baterista Dominic Howard os dirigiu. Existe um som mais contagiante e sedutor, mais capaz de combinar a batida do baixo com o tilintar do piano em melodias tão cinéticas que poderiam acender redes de energia? Talvez não.

Meia hora com esses caras é o suficiente para convencer o mais aborrecido dos ateus de shows que os deuses do rock podem existir novamente, mas antes de continuar com sua divinização, uma terrível verdade deve se fazer conhecida: o álbum mais recente de Muse é o mais fraco, e a Resistance Tour teve seus melhores momentos com as faixas mais antigas. “Uprising” é realmente uma música legal, mas os senhores Orwellianos que ela pinta com “paranoia” e “transmissões de PR” são muito vagas para ter uma pegada real. Ponha junto com “New Born“, de 2001, e a diferença é clara: esse último poderia ser Queen fazendo cover de Rage Against the Machine. “Souless is everywhere” (desalmados estão em toda parte), canta Bellamy. “Destroy the spineless / show me what’s real” (destrua os invertebrados / mostre-me o que é real).

O que é real é a energia que a platéria de Charlottesville sentiu, pulando e dançando nos clássicos tais como “Stockholm Syndrome” enquanto uma fumaça roxa ondeava e as luzes piscavam. Muitas bandas gostam dos lasers verdes, mas poucas espreitam entre elas com tanta confiança. Muitas bandas se divertem ao dar grandes balões para a platéia brincar, mas esses malucos fizeram dos balões gigantes olhos sem pálpebras. “Let hope burn in your eyes” (deixe que a esperança queime em seus olhos), tritura a melodia enquanto Bellamy toca uma linha de guitarra tão afiada que você poderia se barbear com ela. “This is the last time I’ll abandon you” (essa é a última vez que eu te abandonarei).

Eles podem ter tocado várias coisas novas, mas pelo menos Muse poupou a multidão de quarta-feira da embaraçosa auto-paródia de single que eles fizeram para a última trilha de “Crepúsculo“. “I was searching, you were on a mission / and our hearts combined like a neutron star collision“? Ah, que é isso rapazes? Vocês tem que se esforçar mais do que isso!

E aqui está a ironia: o John Paul Jones Arena, enquanto hospedava a banda que canta sobre controle e lutar por direitos, profunda e desagradavelmente ultrapassou os limites em segurança. Claro, detector de metal se é absolutamente imprescindível, mas fazer com que cada homem e mulher que entrou no local esvaziassem os bolsos e aceitar uma revista de corpo inteiro é indesculpável. Tira a mão daí, JPJ. Isso não é um encontro, e se é, não é com você. Muse é um chamariz, mas Central Virginia pode e irá facilmente encontrar um lugar menos invasivo para passar o tempo.

Seria duro, difícil, não seguir esse triunvirato onde quer que vá. Suas imagens costumam ser celestiais e galácticas, mas eles realmente soam como a banda de guerra que alguma tribo antiga, e muitos dos que os ouviram querem absorver os hinos. O próximo álbum é extremamente importante aqui – se sua qualidade for tão estelar quanto a sua linguagem, Muse será lembrado como uma das maiores bandas de seu tempo. Se falharem, eles serão os “quase foram” que faziam os mais espetaculares shows ao vivo.

Nesse meio tempo, eles têm obras-primas como a crescente “Plug in Baby“, a épica “Knights of Cydonia” e “Starlight“, uma das mais lindas músicas a agraciar as rádios por anos e anos. “Let’s conspire to re-ignite all the souls that would die just to feel alive” (vamos conspirar para reacender todas as almas que morreriam apenas para se sentir vivas), cantou Bellamy em Chalottesville mais uma vez, e com certeza alguma se reacenderam. “I just wanted to hold you in my arms…” (eu apenas queria te segurar em meus braços), Muse, por favor, volte logo!

Fonte: Daily Progress

Comments: 8

  • Cris_of_Cydonia

    30 de outubro de 2010
    reply

    VOLTA PRÁ CÁ LOGO TAMBÉM!!!!! POR FAVOOOOOOR!!!!!

  • Izaa.

    31 de outubro de 2010
    reply

    Muse, por favor, venha pra cá logo!!!!

  • Maria Luiza

    31 de outubro de 2010
    reply

    vem pra ca, mas não esquece as torres !

    • coltsfan

      1 de novembro de 2010
      reply

      +1

      amém!

      • Izaa.

        1 de novembro de 2010
        reply

        Amém!!!! +1

        • Ziggy

          12 de agosto de 2014
          reply

          That’s a nicely made answer to a chganelling question

  • dannyy

    1 de novembro de 2010
    reply

    Que história é essa que o TR é o mais fraco?! Tá aí uma coisa quetodos podem procurar mas nunca achar é um álbum “fraco” do MUSE!

  • Luis Felipe

    8 de fevereiro de 2011
    reply

    John Paul Jones não era baixista do Led Zeppelin?

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