Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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3 Anos de Aniversário do disco H.A.A.R.P.!

 

No último dia 17 de março o CD/DVD H.A.A.R.P. completou aniversário de 3 anos de lançamento, e não há como esquecer esse incrível show do Muse no estádio de Wembley, certo?

Para comemorar tal data, traduzimos uma parte da NME Special do Muse, na qual, falam como foi a trajetória da banda até o tão esperado show, que para muitos, foi o melhor da carreira dos rapazes.

A ESTRADA PARA WEMBLEY – Como exatamente o Muse conseguiu montar o show mais espetacular de sua carreira.

 

• Agosto de 2006: a banda decide fazer seus próprios shows de verão

 

Dominic Howard:

“Fazer nossos próprios shows no verão europeu foi algo que sempre quisemos, e parece que mais bandas são capazes de fazer isso hoje em dia. Foi tipo, bem, o que vamos fazer? Tem o Hyde Park, o Milton Keynes e o Hyde Park, sabe. Então foi tipo, e o Wembley? Vamos pra lá!”

Anthony Addis (empresário):

“Eu ouvi por aí que o estádio de Wembley tinha de estar pronto para as finais da copa daquele ano. Então tínhamos uma decisão a tomar; eu cheguei com a ideia, falei com o agente, com nossos organizadores, falei com os caras da banda. Nos parecia que Wembley era definitivamente uma possibilidade.”

Matt Bellamy:

Foi muito importante estar na Inglaterra, estávamos felizes porque esse é o lugar onde fazemos os melhores shows. Significa muito nesse momento, estar nesse nível que estamos aqui e poder tocar nesse tipo de lugar.”

Dominic:

“Wembley estava empolgado por ter uma banda britânica fazendo a reabertura do local. Ter o Bon Jovi fazendo isso, não seria muito legal… Acho que queriam alguém da área. Tipicamente se associa shows em estádios com bandas como Queen, mas hoje em dia bandas mais novas estão tocando em estádios, como o Arctic Monkeys, o Coldplay e os Red Hot Chili Peppers. As bandas mais jovens estão se infiltrando nesse ambiente, não só as velhas.”

 

• 4 de dezembro de 2006: Muse anuncia o show com uma coletiva de imprensa no estádio

 

Dominic:

“Foi incrível! Estávamos muito assustados quando entramos lá. É enorme. Ficamos contentes por ir, precisávamos ir, porque, vendo o estádio, nossa ideia de o que o show deveria ser mudou completamente.

 

• 9 de dezembro de 2006: ingressos para o show de 16 de junho são postos à venda. Todos são vendidos em 45 minutos.

 

Izzy Lockhart Smith (fã):

“Eu ajustei meu alarme para as 8:30 da manhã. Entrei no site que vendia os ingressos e tanto eu quanto ele estávamos à beira de um ataque cardíaco conforme o relógio chegava perto das 9 da manhã. Eu não ia me contentar por alguma zona sinistra como bloco 187 do nível 5. Felizmente, eu entrei num modo obsessivo e logo era o orgulhoso dono de dois ingressos para a pista. Fui no fórum e foi só aí que me toquei do que tinha conseguido.”

 

Jonathan Price (fã):

“Eu dormi demais, por algum motivo, e quando consegui ligar o computador e entrar no site, todos os ingressos já haviam sido vendidos! Eu fiquei absolutamente mortificado, e a possibilidade de pagar um preço absurdo para algum cambista começou a parecer realidade. Fui no fórum e ninguém acreditava na velocidade em que os ingressos foram vendidos. Havia muitas pessoas postando que estavam felizes e empolgadas, mas também havia pessoas como eu.”

 

• 9 de dezembro de 2007: depois das rápidas vendas, a banda anuncia um segundo show, para o dia 17 de junho.

 

Dominic:

“Estávamos num ônibus na Europa, tudo aconteceu enquanto ainda estávamos dormindo. A decisão do segundo show foi feita enquanto eu ainda estava na cama! Ficamos estupefatos, não fazíamos ideia. Ninguém espera esse tipo de coisa.”

Anthony:

“Foi dito na BBC Radio 1 que tínhamos esgotado o show em uma hora, e que ainda não haviam decidido se haveria um segundo show. A coisa mais difícil foi decidir se haveriam fãs suficientes para duas apresentações.”

Matt:

“Eu definitivamente não dormi muito bem por algum tempo, por algumas semanas após termos decidido fazer os shows em Wembley. Acho que a primeira noite que dormi bem depois disso foi quando os ingressos se esgotaram. Eu pensei ‘ah, agora posso descansar’.”

 

• Janeiro de 2007: Klaxons revela que recusaram a oferta de abrir um dos shows.

 

Jamie Reynolds (Klaxons):

“Estávamos num pub, meio bêbados, e eu simplesmente disse ‘nah’. Não sei porque, não foi o que eu quis dizer.”

James Righton (Klaxons):

“Tivemos a chance de abrir o estádio de Wembley. Seria oficialmente o primeiro show e o Jamie recusou!”

Dominic:

“Eu fui ver o Klaxons e disse ‘Ei, gosto de vocês, devíamos fazer uns shows juntos’ e eles disseram ‘nosso empresário não quer que a gente abra mais shows’. Então acho que eles disseram não, mas todo mundo estava meio bêbado.”

Matt:

“A Lily Allen disse que talvez toque também!”

Dominic:

“Vai ser meio que um festival. Queremos três bandas diferentes por dia. No fim é um show do Muse, mas também vai parecer algo um pouco além disso. Talvez o Wolfmother e o Bloc Party toquem também.”

 

• 23 de fevereiro de 2007: Muse entra em turnê pela Ásia, mas estão focados em Wembley.

 

Matt:

“Já estamos pensando no setlist. A gente provavelmente poderia tocar por umas duas horas sem que ficasse chato.”

Dominic:

“O máximo que já tocamos foi 1h45m no último show dessa turnê. Nós aguentamos o tranco por mais de duas horas, que é o que as pessoas esperam em um estádio. Temos quatro álbuns e podemos construir umas dinâmicas no set. Sabe como é, você precisa da sessão tranquila, tentar acalmar toda aquela gente. Precisa da parte lenta e depois do rock. Chegaremos lá.”

 

Matt:

“Cada vez que assistirmos a final da copa ou as Olimpíadas, poderemos dizer ‘é, eu toquei lá!’. Adoro o fato de que será lá, e ainda no novo estádio, que estará lá por anos.”

 

• 14 de fevereiro de 2007: um dia após terem ganhado o Brit Award de melhor banda ao vivo, começam a trabalhar no design do palco.

 

Matt:

“É um tipo diferente de show. Não dá pra fazer a mesma coisa que num show numa arena. Você precisa o palco inteiro do zero.”

Dominic:

“É um negócio enorme e vai demorar meses pra montar tudo. Nós sempre estivemos envolvidos com toda a produção. Os visuais, todos os filmes e juntar as coisas certas para as músicas certas e fazer o design de todos os shows. Estamos envolvidos em desenhas ideias e falar sobre as coisas. Aí trabalhamos com outra pessoa para fazer virar realidade.”

Matt:

“Nós faremos uma reunião com alguns arquitetos para construir o palco, para tomar a forma que queremos. Espero que possamos conversar sobre algumas ideias nessa reunião. Depois disso será só uma troca de desenhos e ideias.

Anthony:

“Sempre acreditamos que precisamos dar um espetáculo para a plateia, como se fosse o último show. E é isso, cada apresentação tem esse significado, nada menos. Tudo – o equipamente, o show, os visuais, tudo tem que estar bem trabalhado e bem pensado, até o último nível.”

Matt:

“Nós provavelmente iremos acabar gastando todo o dinheiro no palco! O que me parece bem plausível.”

 

• 16 de junho de 2007 – Voando alto no céu

 

Com música de guerra Wagneriana tocando, três homens ascendem de um pódio no centro do Estádio de Wembley em meio a uma chuva de papel picado – um vestido de preto, outro de vermelho e o último com calças verdes berrantes que, por si só, constituem um show de lasers.

Eles andam por uma extensa passarela até um palco guardado por satélites de 15 metros de altura iluminando a plateia com suas fortes luzes, e além deles, um conselho alien de brilhantes cérebros redondos (ou, se você preferir, balões brancos gigantes) na arquibancada atrás do palco. Eles escolhem o tema de Contatos Imediatos de 3º Grau e então galopam direto para ‘Knights of Cydonia’ com toda a ostentação e pompa espacial que você esperaria da maior banda de rock da Bretanha finalmente tocando em estádios após tanto cerco.

Ok, talvez o chão não seja realmente um telão, mas quem está reclamando? Finalmente, nesta noite o Muse chega ao lugar onde nasceu para tocar. É uma grande noite para a eles, e é uma grande noite para nós também. Por 20 anos o circuito de estádios tem sido algo fechado, pertencente à bandas emboloradas consideradas ‘lendárias’, e só brevemente invadido para eventos especiais realizados por bandas como Oasis e Blur. Muse sempre lutou por seu status ao vivo – e seus balões brancos e canhões de glitter eram uma tentativa de show de estádio mesmo quando eles estavam atulhados dentro da Brixton Academy em seu segundo álbum – mas desde o Depeche Mode na década de 80, nenhum outro artista conseguiu entrar para o circuito dos estádios sem perder parte de sua credibilidade.

E é exatamente isso que Muse fez essa noite; esta é a nossa geração de bandas adentrando os portões da Liga dos Mamures, dispensando as chamas e os foguetes e redecorando o lugar com designs futuristas. Franz Ferdinand, Razorlight, Strokes, Arctic Monkeys, estamos todos aqui! Agora provoquemos caos indie nesses estádios.

Como se faz isso? Simples: andróides gigantes dançando nos telões em ‘Supermassive Black Hole’; enormes jatos de vapor enquanto Matt Bellamy vai de um maníaco e supersônico solo de guitarra para um concerto de Rachmaninoff no piano durante ‘Butterflies & Hurricanes’; fogos de artifício nas telas durante ‘Invincible’, cachoeira de fogos de artifício durante ‘Starlight’; paredes de chamas queimando a nota final de ‘Take a Bow’; e, durante ‘Blackout’, duas dançarinas prateadas fazendo acrobacias aéreas, suspensas de enormes balões infláveis que flutuam 30 metros acima da plateia. É claro que, para muitos de nós, simplesmente tocar num estádio tira Muse do radar de credibilidade. A graça da música alternativa é descobrir uma banda num bar imundo antes que seus amigos a ouçam; e assim que ela vender ingressos o bastante para encher um estádio, ela vira lixo populista irrelevante, não é?

Bem, não mais. Se Muse agora é uma banda-dinossauro, ela é um maneiríssimo dinossauro robô ao estilo Transformers com foguetes de ônibus espaciais ao invés de asas. E, o mais importante, ela ainda é sua.

À medida que ‘Plug in Baby’ grita seu pop titânico aos céus abertos, ‘Starlight’ induz palmas dignas de uma apresentação de ‘Radio Ga Ga’ e os visuais antigos e refrão épico de ‘Stockholm Syndrome’ nos fazem sentir que o próprio Wembley é a nave-mãe prestes a levantar vôo, fica claro que nós agora somos os donos da música, desde o menor artista de bar até a mais brilhante e famosa banda.

Então esqueça o sarcasmo indie por um minuto, embasbaque-se um pouco com o brilho de 70 mil celulares sendo balançados durante ‘Unintended’ e celebre. Por aqui e agora é a hora para superheróis.

Confira o Making of do show:

 

 

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A equipe mais animada, doida, faladeira e confusa que um fã clube de Muse poderia ter. Nós amamos Muse de todo o coração assim como (a maioria) dos seus fãs. A dedicação é de coração.

Comments: 5

  • dannyy

    20 de março de 2011
    reply

    Me emocionei! Esse tipo de relato sempre me emociona.

  • Gi.Dias

    20 de março de 2011
    reply

    *-* gostartia de presenciar isso *-* parabens H.A.A.R.P! MUSE! e musers!

  • Coltsfan

    20 de março de 2011
    reply

    SUPER FODA! *-*

  • renato

    21 de março de 2011
    reply

    muito foda*_*

    uma dica pros musers sexta feira as 22horas vai passar o to 20 oficial Muse no canal da tv acabo vh1 la vão passar as 20 melhores musicas do Muse não percan

  • Izaa.

    23 de março de 2011
    reply

    *o* Fodástico demais! Não canso de ver H.A.A.R.P.!

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