Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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"Caramba! Para onde vamos agora?"

Depois de lutar contra o alcoolismo e os paparazzi dos Estados Unidos, MUSE adiciona banqueiros, direito de propriedade, a morte do planeta e o futuro da humanidade à sua lista de temas supermassivos. Mark Beumont senta-se com o trio de Devon para ouvir tudo sobre o novo álbum.

1ª Lei da Musedinâmica: Compreenda o conceito

“Nós somos praticamente os anarquistas do Universo”, diz Bellamy, dissecando a dissolução da humanidade do terraço do Shoreditch. “É isso que somos.”

O esgotamento da energia. O aumento do nível dos oceanos. O frenesi selvagem do mercado de ações e a guerra brutal por dinheiro, combustível e terras. A desafiadora determinação para sobreviver não importando o quão fútil seja o esforço. A morte do planeta. A ideia da humanidade como sendo um Sex Pistols intergalático, cuspindo na cara da Física. E como tudo isso acaba ficando definido como um gigantesco opera-pop, escravos cantando no navio, rock dos anos 80, funk do Prince e um pouco de Skrillex cantando Faith, do George Michael. Tudo na agenda de hoje – o aventuroso, desolador, desafiador sexto album do Muse, “The 2nd Law”.

“Toda vez que eu assistia ao noticiário enquanto fazíamos o álbum era interminável coisas sobre a crise do Euro”, ele relembra. “Todos esses novos programas parecem ser obcecados com crescimento. Há esse paradigma de crescimento que parece ser aceito, virou futilidade, todos os políticos, todas as empresas, e ninguém parece perceber que o planeta não é assim tão grande. Eu fiquei tão de saco cheio dessa conversa que resolvi saber o que realmente está acontecendo.”

“Eu me interessei em ler sobre energia. A segunda lei da termodinâmica diz que parece haver uma gradual diminuição em nossos corpos, no planeta, no sol e assim por diante, mas parece que a vida, os humanos ou o que quer que seja está indo diretamente contra isso. Então o álbum é meu conflito interno pessoal da celebração dessa força, mas também dizendo “Caramba, onde nós vamos parar?”

É por isso que nesse álbum, mais uma vez, você parece se forçar para o reino do ridículo na tentativa de torná-lo ainda maior, mais insano e histérico?

“Definitivamente”, Matt concorda. “Em algumas faixas como Supremacy e Survival nós fomos a níveis absurdos. O álbum representa meu conflito pessoal nessa área. Ao mesmo tempo, nós queremos forçar a música e o que fazemos como uma banda que está crescendo.”

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The 2nd Law: O título refere-se à segunda lei da termodinâmica, que afirma que, devido a energia ser gasta e consumida sem que nova energia seja produzida, o crescimento ilimitado é “insus-insus-insustentável”.

2ª Lei da Musedinâmica: Aumente a antecipação

Muse tem bastante prática em criar intriga e fazer com que seus fãs se sintam envolvidos em seu mundo – eles lançaram trechos de música através de uma caça ao tesouro mundial via internet e deixaram mensagens secretas escondidas em setlists – e desta vez não será exceção. Postaram no Twitter fotos de suas sessões de estúdio com conjuntos de metais. Rumores de que o baixista Chris Wolstenholme havia se recuperado do alcoolismo e escrito o álbum inteiro correram por aí. Então veio o ‘trailer’: um fragmento de “The 2nd Law Part One: Unsustainable”, que convenceu muitos de que o novo álbum seria um mergulho no dubstep.

“Acho que ninguém tinha feito um trailer do álbum antes, até três dias depois, quando o The Killers fez também, aparentemente”, diz Chris. “Eu não acho que haja uma música que represente o álbum inteiro. Então nós pensamos ‘Vamos só juntar umas partes mais legais das músicas lá’. Achei muito legal, esse negócio do dubstep, pois tem umas duas músicas que talvez tenham um ‘sussurro’ disso. Foi engraçado ver o povo entrar em pânico: ‘Muse se tornou uma banda de dubstep!!’.”

“Nós fomos ver Skillex em Camdem por volta de Outubro”, diz Dom Howard, “Nós ficamos ‘Nossa, isso é tão legal’, adoramos. Parecia um show de full metal, eles tinham aquelas rodas da morte, o povo no mosh. Eu nunca tinha visto uma reação daquela para a música eletrônica antes. Aquilo nos inspirou e fizemos ‘…Unsustainable’.”

Dubstep: o aparecimento no trailer de ‘The 2nd Law’ levou internautas a abandonar cada grupo de ódio anti-Skrillex pela web.

“Um pouco daquele dubstep ou brostep pesado que vem dos Estados Unidos está capturando a imaginação”, diz Matt. O moshpit saiu das guitarras e foi atrás do laptop e com aquela música nos estamos tentando desafiar o laptop. Nós criamos algo que é ‘tipo’ dubstep, mas queríamos ver se podíamos fazer com instrumentos de verdade. Nós queríamos perguntar: ‘Bandas de rock podem fazer o que esses caras estão fazendo?’.”

O lançamento da música oficial das Olimpíadas “Survival”, também, dividiu os fãs com sua grandiosidade, meio que pop de barbearia e coros de escravos remadores romanos.

“Se eles odiarem, tudo bem”, ri Dom, “pelo menos está provocando algo. É uma música meio estranha para as Olimpíadas, mas acho legal que eles achem que a música possa representar a enormidade das Olimpíadas. Leva você de volta às Olimpíadas no estilo ‘Gladiador’. Talvez eles devessem trazer um pouco daquilo de volta, do tipo lutar com um tigre com uma bola de metal”.

Helium 3: o nome da gravadora do Muse, e uma coisa que pode salvar o mundo. “É a substância vista como a mais provável para criar fusão nuclear”, diz Matt.

3ª Lei da Musedinâmica: Expandir para estourar

Mais de quatro meses de intensa experimentação no Air Studios, em Hampstead, no final de 2011 e seis semanas trabalhando com corais e conjuntos de metais no LA EastWest Studio (que já foi o Cello Studio, onde Muse gravou parte do Absolution) desde Janeiro. O grande conceito o The 2nd Law constitui um enredo. O espiralante blues pantanoso de Supremacy cresce até um histérico clímax orquestral enquanto Matt discursa sobre a terrível cena da humanidade perdendo sua ‘supremacia’ sobre a Terra, enquanto o nível do oceano aumenta e a escassez de energia causa desespero global. A histeria se estabelece em ‘Panic Station’, refletido em elementos meio loucos dos anos 80, como a batida de ‘Let’s Dance’ de trás pra frente e riffs que fazem lembrar ‘Suicide Blonde’, do INXS, com Matt fazendo seus sexy gemidos à la Prince vindos das profundezas de sua virilha.

Prince: a inspiração para os efeitos ‘anos 80’ em ‘Panic Station’.

“É meio que uma mistura de Bowie com Primus”, diz Matt. “Fazer uma faixa funk nos fez lembrar de Rush e Primus, essas coisas com o baixo bem marcado que gostávamos.”

“Esses grandes, espaçosos e massivos sons de bateria”, adiciona Dom Howard, “começaram a conjurar memórias de músicas que crescemos ouvindo nos anos 80, como Prince e Stevie Wonder, e queríamos ir nessa direção.”

No contexto da catástrofe mundial do The 2nd Law, a operática pomposa de Survival assume uma significância ainda maior do que se meu time vai ou não receber uma medalha – “é entrar na brutalidade do que é isso, sobreviver superando qualquer coisa”, diz Matt. Então vem a salpicada de flamenco “Animals”, a economia está se acabando sob o peso da selvageria do mercado de ações, do desespero da indústria em fazer propaganda, matar a concorrência e da ganância dos banqueiros que deveriam, segundo Matt, “nos fazer um grande favor e se matarem”.

Então, vocês gostariam de ver o Fred Goodwin desse mundo trocar seus cigarros por tubos de escapamentos?

Matt gorgoleja, “Esses são uns dos maiores crimes da história. É fenomenal e deixou a todos tendo que financiar esses erros. O mundo dos negócios parece ser uma loucura. Essa música evoca o mais cru sentimento de “Olha o que os humanos são capazes de fazer, é chocante.”

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As preocupações de Matt a respeito da ganância industrial e monopólios financeiros sangra em ‘Explorers’, um elegante hino pop da visão da morte das lavouras e o abuso da natureza. É uma música encharcada do senso de não se sentir parte de seu próprio planeta.

“Exatamente”, Matt concorda. “Eu quase chamei a música de Alien Explorers, não no sentido de aliens do espaço sideral, mas no sentido de se sentir um alien em seu próprio planeta. É sobre o intenso desejo de crescer e expandir – vai chegar um ponto em que a natureza será a minoria. Não tenho certeza se estou vindo de uma coisa ambiental…é uma música onde canto sobre meu ponto de vista sobre os direitos de propriedade. A ideia de que corporações podem possuir vasta extensões de terras estrangeiras. Eu não sei se o negócio foi pra frente, não sei se foi no Paraguai ou Uruguai, que a família Bush comprou um milhão de acres sob a qual há a maior reserva natural de água da América do Sul. Vai chegar uma hora em que alguém vai ter que falar ‘Isso não está certo’. A BP (a empresa Beyond Petroleum)pode comprar a Nigéria? No momento, eles podem. Eles podem comprar e chutar todos os nativos, sair atirando neles ou qualquer outra coisa e depois só falar ‘Isso aqui é nosso agora’. “

Ao chegar na extravagante ‘Big Freeze’, o mundo já está em colapso. E as duas faixas finais ‘The 2nd Law Part One: Unsustainable’ e ‘The 2nd Law Part Two: Isolated System são óperas inteiras cheias de condenação, relatórios do fim da civilização, Exterminadores estupradores, trompetes inflando como botes salva-vidas e exorcismos ao piano tocando o adeus final ao Planeta.

“É o som da humanidade em um pequeno planeta no meio do nada”, Matt ri. “Ficar rodando pelo espaço deve ser tão tranquilo e de repente você vem parar nesse pontinho de nada que é um caos. Eu vejo como se afastar do planeta para a tranquilidade do que vai acontecer depois, que é o nada.”

4ª Lei da Musedinâmica: Colapso

Outro álbum de Muse, outro apocalipse. Mas o ‘The 2nd Law’ é também, de acordo com a banda, o álbum mais pessoal até o momento. ‘Follow Me’ é o primeiro ode de Matt à paternidade, enquanto o próximo single ‘Madness’ é um cruzamento eletrônico de ‘I Want To Break Free’ e ‘Faith’ que ele alega que é sobre chegar na casa de Goldie Hawn (mãe de sua namorada, Kate Hudson) com o rabo entre as pernas.

“Você já teve uma briga com sua namorada e ela vai pra casa da mãe dela passar o dia e você fica na sua pensando ‘O que foi que eu falei?’. Sei que muitos caras já passaram por essa experiência no início de um relacionamento, quando você fica ‘Ela está certa, não está?'”

Paternidade: “O início de ‘Follow Me’ tem batimentos cardíacos do meu filho”, revela Matt.

A relação amigável de Matt com os paparazzi o afetou de algum modo?

“Estou surpreso que ele não tenha arrebentado a câmera de alguém com um taco de golfe ainda”, ri Dom. “Ele chegou a carregar um taco de golfe. Estou surpreso que ele ainda não tenha surtado e feito algo que acabasse o levando para o tribunal.”

Além disso, o “The 2nd Law” fez com que Muse reunisse forças: durante a gravação e autoprodução do ‘The Resistance’ em 2009, Matt e Dom fizeram grande parte da produção sozinhos pois os problemas de Chris com a bebida o manteve afastado do estúdio. Dessa vez, com o Chris sóbrio durante mais de um ano, ele escreveu e cantou duas músicas do álbum, ‘Save Me’ e ‘Liquid State’ , sobre suas lutas contra a bebida.

“Ambas as letras foram compostas na época em que eu parei de beber”, um Chris com uma aparência extraordinariamente saudável explica. “‘Liquid State’ foi escrita sobre a pessoa que você se torna quando está embriagado e como os seus dois eus estão lutando dentro de você até que isso o dilacera . ‘Save me’ foi feita para a família, esposa e filhos que, apesar de todas as coisas erradas que eu fiz eles passarem, no final você percebe que eles são as pessoas que mais te incentivam a mudar e ainda estão lá por você.”

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Quão ruim foi o problema com a bebida?

“Beber todos os dias é muito ruim. É quando você começa a perceber que não consegue funcionar sem ela, que a primeira coisa que você faz ao acordar tremendo de manhã e ir à geladeira e beber uma garrafa de vinho. Foi muito ruim. Eu estava pouco saudável, acima do peso, uma confusão. E quando começa a chegar ao psicológico, quando você realmente começa a se perder, fica ansioso 24 horas por dia, sente que a sua vida está prestes a acabar, fica muito assustado, porém não sabe do que você tem medo. Existem apenas duas maneiras de parar: morrer aos poucos ou simplesmente parar. O mesmo aconteceu com o meu pai: ele tinha 40 anos quando morreu. Eu tinha acabado de completar 30 e foi quando percebi que se eu seguisse o mesmo caminho que ele, eu poderia morrer em 10 anos. E 10 anos não é muito tempo.”

Depois de algumas sessões com um terapeuta cognitivo-comportamental, Chris se viu sóbrio e cantando.

“Eu não achava que pudesse cantar quando mostrei para os caras mas eles aceitaram com a mente bem aberta”, ele explicou. “Eles sentiram que era uma grande evolução para a banda”.

“Eu gostei muito pois eram músicas que eram muito pessoais para ele” disse Matt. “Era como se ele fosse uma nova pessoa, a última vez que lembro de vê-lo assim foi há cerca de 10 anos. Ele parece estar empolgado com isso tudo. Acho que ele se sente como se estivesse acordando.”

5ª Lei da Musedinâmica: Compreenda outro conceito.

Um ótimo trio de estúdio novamente, Muse se permitiu novos níveis de experimentação – estranhas passagens de tempos, sonzinho meio anos 80…- e saiu com o seu álbum mais diverso e surpreendente até o momento.

E quem não pode esperar para ir para os estádios em 2013, Dom imagina o cenário “um olho-que-tudo-vê de cabeça para baixo todo feito em vídeo, talvez uma pirâmide grande que pode se expandir, contrair, virar do avesso e até se movimentar ”.

“Toda vez que termina-se um novo álbum você se sente animado, nervoso e também ansioso sobre o que vai acontecer com ele quando ele for lançado”, conta Dom, “mas com esse descobrimos algumas novas ideias para a banda. Cada álbum me parece abrir mais portas para o futuro e isso se faz mais do que nunca.”

Para o Muse, pelo menos, o fim de todas as coisas nunca pareceu tão brilhante.

Comments: 13

  • MUSE BR no Facebook

    26 de julho de 2012
    reply

    Esta é a matéria mais recente sobre o Muse e o The 2nd Law, leitura obrigatória musers!

  • Tabata Resende no Facebook

    26 de julho de 2012
    reply

    <3

  • Sitriga

    26 de julho de 2012
    reply

    Cara, isso só me deixou mais ansiosa pro álbum! E a parte do Chris me emocionou…. que exemplo!

  • Lays Freire

    27 de julho de 2012
    reply

    Gênios! Sem mais.

  • Ava

    27 de julho de 2012
    reply

    Saber que o Chis conseguiu largar a bebida sempre me deixa tão feliz e emocionada! E ele ainda compôs e cantou, que orgulho!
    A notícia de mais músicas com pegada retrô me deixaram ainda mais ansiosa para o lançamento!

  • Nicolas

    27 de julho de 2012
    reply

    Sensacional!

    Me surpreendi com o lance do Chris, nao sabia que ele bebia a ponto de ser alcoólatra , sempre achei que o grande segredo do Muse é eles nao enfiarem a cara nas drogas…

    Espero mto sempre do Dom, eu sou batera, e não sei oq esperar dele…fico feliz, pelo lance da influencia do Rush… acho que a melhor época e as melhores música do Muse são com essa pegada progressiva a lá Dream Theater ou Primus..

    Vamos esperar…
    Quero ouvir o Rock de qualidade do Muse… qualquer tipo de inovação é bem vinda, mas pra mim o Muse é a maior banda de Rock da atualidade, mesmo a maioria de quem se diz gostar de Rock não ver isso!

    De uma coisa eu tenho certeza, The 2nd Law vai vir com tudo!!!

  • nnoturno

    27 de julho de 2012
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    Uma das melhores matérias sobre a banda, realmente o MUSE esbanja vitalidade musical. Ansioso para ouvir o novo álbum! XD

  • Michael

    27 de julho de 2012
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    Eu vou parar de ler esses posts que o MuseBr vem colocando diariamente…
    Já falei com meu médico e ele falou que ANSIEDADE PODE MATAR!!!!!!!!
    ….Ou então ao invés de comprar o The 2ND Law eu estarei dando entrada em uma funerária. QUE MACABRO!!!

  • Mari

    28 de julho de 2012
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    estou querendo muito esse novo cd o the 2nd law

  • NahEbi

    29 de julho de 2012
    reply

    Saber que o Chris largou a bebida, escrever e cantou duas musicas me deixa muito orgulhosa!!
    Sem contar que eu nao via a hora da volta dos assuntos de crise do Matt, confesso que ele faz eu me interessar nesses temas de sustentabilidade, revoluçao, crise… :3
    OMFG nao vejo a hora de ouvir The 2nd Law

  • Izaa.

    30 de julho de 2012
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    Tenho orgulho dessa Banda e principalmente de Chris!! Esse CD vai ser sensacional, algo diferente , inusitado! Não vejo a hooora de ouví-lo ! Estamos quase lá, falta pouco!

  • dannyy

    2 de agosto de 2012
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    Todo mundo com o c* piscando de ansiedade! Etanóis!!! O Matt tá de parabéns, conseguiu o que ninguém conseguiu até hoje, nem professor, nem a pressão das notas baixas… me fazer estudar física. E com gosto! (ainda é complicado pra mim, mas eu tenho tentado) Sempre fui uma Wolstendiscípula, e como tal tenho uma admiração gigantesca por ele, meu orgulho por ele ter passado por tudo isso e mostrar o quanto ele está bem dividindo essas duas músicas com os fãs é enorme. Ele merece a nossa positividade. A entrevista é massa só fez aumentar meu otimismo sobre o The 2nd Law. Agora só nos resta tomar uns copin de vodka pra acalmar e esperar até outubro.

  • Felipe Ehrenberg

    15 de setembro de 2012
    reply

    Não vejo a hora de me deliciar escutando o álbum completo, cada faixa me fazendo arrepiar como se fosse a ultima musica da minha vida;

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