[Tradução] Muse na Rolling Stone US de Agosto

O Rock Apocalíptico do Muse

Por dentro do selvagem 6º álbum do trio, ‘The 2nd Law’, por David Fricke

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“Nós somos definidos pelo fato de que não podemos ser definidos por ninguém”, diz Matt Bellamy, o vocalista-guitarrista-pianista do Muse, enquanto ele percorre a gama e o nervosismo do novo álbum do trio Britânico, The 2nd Law. “Há sons eletropop e sons que obviamente são rock clássico”, Bellamy cita, em referência aos pesadelos machine-funk “Madness” e “Panic Station”, e numa categoria adiante, “Big Freeze” e sua guitarra em “Animals”.

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“Aí tem as coisas orquestradas”, ele acrescenta durante um almoço em Nova Iorque: a cordas-coral-e-metal “Survival”, já um hit como a música oficial das Olimpíadas, e o caos sinfônico de duas partes. The 2nd Law soaria como “três bandas diferentes” , Bellamy confirma, “se não fosse pela minha voz”.

Bellamy, o baixista Chris Wolstenholme e o baterista Dom Howard gravaram a maior parte da continuação do sucesso americano de 2009, The Resistance, em Londres no ano passado e fizeram umas partes em Los Angeles com David Campbell, cujos arranjos incluem álbuns do Metallica e do seu filho Beck. “Ele entendeu aquela coisa de música-cinematográfica que estávamos procurando”, Bellamy diz, “E ele encontrou várias pessoas incríveis”, incluindo um trompetista que tocou na “Superstition” do Steve Wonder.

Mas, foi em Londres que o Muse começou o trabalho do The 2nd Law no verão passado, onde Bellamy encontrou o título e o tema principal. Ele estava assistindo um grupo de economistas na BBC quando alguém mencionou a segunda lei da termodinâmica. “Ele disse ‘As leis da física dizem que uma economia baseada em crescimento infinito é insustentável’”, Bellamy diz. “Todo mundo está obcecado com crescimento constante e descontrolado e ninguém esta apontando que nós podemos estar no limite”.

“‘Survival’ sintoniza a insanidade disso.” Bellamy adiciona. Outra música, a balada com base no piano, “Explorers”, “olha pro outro lado da moeda, esse espírito aventureiro que nós criamos que agora está em questão, porque o planeta está dizendo ‘Eu sou tão grande e tenho apenas isso’”.

Há pausas no apocalipse, “Follow Me” é um apelo sonhador com um toque incomum: os batimentos cardíacos do filho de Bellamy com a noiva, Kate Hudson, gravado com um iPhone, o pai diz “logo antes dela dar à luz” . E “Save Me” uma das duas músicas escritas e cantadas por Wolstenholme, sugerem os Beach Boys meio que Pet Sounds. “É um novo som para nós” Bellamy diz com um sorriso. “Torna-se uma boa mudança.”