Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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[ENTREVISTA] MATT FALA SOBRE DRONES NA Q MAGAZINE

Quando Muse começa a falar sobre fronteiras, você passa a acreditar que o universo é finito. Os últimos 10 anos foram um período de expansão e experimentalismo para o trio, um tempo em que eles redefiniram o significado de ser uma banda moderna de rock de arena. Suas apresentações ao vivo já incluíram um robô gigante sobre rodas, um palco desenhado para lembrar a HAARP (estação ionosférica de pesquisa no Alaska) e um óvni com acrobatas. Mas quando se trata da produção de Drones, seu vindouro sétimo álbum de estúdio, eles foram atingidos por um pensamento não muito característico: será que é hora de puxar um pouco as rédeas? Seu último álbum, The 2nd Law, de 2012, incluiu power-ballads eletrônicas e instrumentais crescentes com influências de dubstep, mas Drones é o mais perto do clássico álbum de rock “de volta às origens” que o Muse chega.

 

“Eu adorei o The 2nd Law, mas foi a primeira vez que nós realmente percebemos ‘fomos longe demais’” – O frontman Matt Bellamy conta para Q, sentado em uma sala de comando no Air Studios, no norte de Londres.

 

Eles tomaram controle de quase todo o prédio, o conhecido produtor musical Rich Costey está no andar de cima do estúdio, mixando o álbum; o baterista Dom Howard está em outro cômodo supervisionando as edições de rádio, enquanto outra sala é usada para ensaios da turnê britânica Psycho, que está por vir. É a véspera do lançamento da primeira música de Drones, uma canção de rock old-school chamada Psycho, que retoma um grande riff que vinha aparecendo em seus shows há anos.

 

“Aquele riff é de 1999”, conta Bellamy, “Dom sempre dizia: ‘Transforme isso em uma música'”, “E eu sempre falava: ‘Não, cara, é muito simples'”.

 

O ímpeto de se reconectarem com seus antigos incentivou a mudança de opinião de Bellamy, e boa parte do álbum é a volta para o que o vocalista descreve como um “trio de rock pesado”.

 

“Foi bom para nós sentarmos juntos para nos lembrarmos que nem sempre é necessário recorrermos a um laptop ou sintetizador para tentar e achar algo novo” conta Bellamy “Às vezes três musicistas em uma sala podem encontrar algo diferente. Nós queríamos trazer o álbum nessa direção”.

 

Existem dois grandes acenos ao passado em Drones: assim como o riff cru de Psycho, o áspero hino chamado The Handler, que na metade remonta a faixa título do álbum de 1999, Showbiz. “A letra é quase uma sessão de perguntas e respostas com Showbiz”, conta Bellamy.

Bellamy reassumiu o controle da composição das letras depois do baixista Chris Wolstenholme ter contribuído com duas faixas no álbum The 2nd Law. Ele precisava se abrir.

 

“Eu fui no meu interior, nas minhas paranoias, sentimentos estranhos e experiências de vida. Foi muito pessoal” diz Bellamy.

 

Ele projetou esses temas no primeiro álbum conceitual completo da banda, o Drones no título se refere à quando uma pessoa está em um estado vulnerável e pode ser manipulada e doutrinada. Não é difícil fazer a ligação entre o término de seu noivado com Kate Hudson no ano passado e a música de abertura do álbum, Dead Inside, a arrogante e raivosa balada eletrônica.

 

“É uma música sobre ‘o término de uma relação, que leva uma pessoa a se tornar morta por dentro’, conta Bellamy, “Não há muito amor nesse álbum”.

 

Gravado na The Warehouse em Vancouver, Canadá, Drones foi co-produzido por Robert “Mutt” Lange, o homem por trás do Back In Black, do AC/DC. Depois de terem produzido sozinhos seus últimos dois álbuns, Muse sentiu que estavam prontos para uma ajuda externa:

 

 “Você pode ficar muito preso no seu jeito de fazer as coisas”, conta Bellamy, “Muitas vezes é difícil para mim aceitar sugestões de outras pessoas. Ele (Mutt) era uma dessas pessoas que eu sabia que conseguiria ouvir”.

 

Claro que a abordagem de retomada ao passado que Bellamy fala é relativa. Uma de suas faixas favoritas do álbum é a canção chamada The Globalist, que possui 10 minutos de duração.

 

“A primeira metade soa como uma música de um filme, depois passa para um interlúdio que soa como metal, por fim há um ‘outro’ que é um balada no piano” ele se entusiasma. Essa é a forma do Muse de simplificar as coisas.

 

Apertem os cintos.

tradução

Tradução: Yasmin

Revisão: Lucas Quintanilha

Fonte: Q MAGAZINE

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O Drone mais incompreendido de todos. Nem sabemos por que ele está aqui. Ah, tudo bem! Ele é um dos que mais trabalha pelo Fã Clube, claro, mas não pergunte sobre suas músicas preferidas do Muse.

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