Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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PSYCHO!

 

Psycho

1-PSY“Love” é a primeira palavra que ouvimos de Psycho. E, convenhamos, “Amor” é tudo o que a música não tem, apesar de causar facilmente em nós. Logo no primeiro refrão fica muito claro que a declaração do Matt sobre “Muito ofensiva para rádios” faz todo o sentido. “A Fucking Psycho”, “Your Ass Belongs To Me Now”, gritos de “Motherfucker”… Sim, entendemos.

 

“Nem todo mundo percebe o aspecto Monty Python em nossa música, mas ele está lá. Existem algumas ideias sérias, mas um monte de acompanhamentos musicais e floreios são feitos com espírito de diversão. Estamos muitas vezes rindo enquanto nós gravamos”. Dom Howard.

 

Acompanhamos diversas opiniões pelo Grupo do Facebook. Não é uma música para se ouvir com seriedade, obviamente. Promete ser incrível de cantar e dançar ao vivo berrando o tão repetido verso pelos Musers: “Your Ass Belong To Me Now”. É uma letra simples, cômica e, principalmente, dotada de um instrumental incrível e digno da banda.

 

 

Psycho – Letra

 

Love
It will get you nowhere
You are on your own
Lost in the wild
So come to me now
I could use someone like you
Someone who’ll kill on my command
And ask no questions
I’m gonna make you
I’m gonna break you
I’m gonna make you
A fucking psycho
A fucking psycho
A fucking psycho
Your ass belongs to me now
Your mind is just a program
And I’m the virus
I’m changing the station
I’ll improve your thresholds
I’ll turn you into a super drone (super drone)
And you will kill on my command
And I won’t be responsible
I’m gonna make you
I’m gonna break you
I’m gonna make you
A fucking psycho
A fucking psycho
A fucking psycho
Your ass belongs to me now
I’m gonna make you
I’m gonna break you
I’m gonna make you
A fucking psycho
A fucking psycho
A fucking psycho
Your ass belongs to me now
You fucking psycho
Your ass belongs to me now
Your ass belongs to me now

 

Psycho – Tradução

 

Amor
Ele não vai te levar lugar algum
Você está por conta própria
Perdido na selva
Então agora venha para mim
Eu poderia usar alguém como você
Alguém que vai matar ao meu comando
E não fará perguntas
Eu vou fazer de você
Eu vou quebrar você
Eu vou fazer de você
A porra de um psicopata
A porra de um psicopata
A porra de um psicopata
Seu traseiro agora pertence a mim
Sua mente é apenas um programa
E eu sou o vírus
Eu estou mudando a estação
Eu vou melhorar seus limiares
Eu vou te transformar em um super Drone (super Drone)
E você vai matar ao meu comando
E eu não serei responsável
Eu vou fazer de você
Eu vou quebrar você
Eu vou fazer de você
A porra de um psicopata
A porra de um psicopata
A porra de um psicopata
Seu traseiro agora pertence a mim
Eu vou fazer de você
Eu vou quebrar você
Eu vou fazer de você
A porra de um psicopata
A porra de um psicopata
A porra de um psicopata
Seu traseiro agora pertence a mim
A porra de um psicopata
Seu traseiro agora pertence a mim
Seu traseiro agora pertence a mim

 

1-PSY23

 

 

Opinião Técnica

 

Eu senti uma volta do Muse a uma proposta mais “crua” tal como Uprising e o apelo de mixagem mais pesada, mais “americana”: uma tendência do Muse nos últimos discos. Ela, Psycho, tem um riff frenético que o baixo acompanha. É bem interessante ver como eles se reforçam em uma relação de simbiose onde o contrabaixo completa os diálogos da guitarra. A melodia de voz do Matt está decorada com uns backings maneiros também (acho que são terças, mas teria que tocar pra ter certeza). Ele também sujou a voz com efeitos no refrão pra enfatizar a nova tendência do disco.

Matt interrompe bruscamente o refrão com bends (e no final o baixo faz uma sequência cromática para anunciar outro refrão) o que eu sugiro que seja uma maneira distinta de fazer aquela preparação para a volta da Cena 1. A música me soa bem grunge também, apesar de ser bem diferente daquela fase grunge do Showbiz. Aqui, eles tão mais elegantes.

O uso também de foleys e diálogos enriqueceu bastante a questão audiovisual da música como um todo. Ela parece seguir uma sequencia harmônica bem concisa reforçando a intencionalidade do tema. Em 4:19 preste atenção em como os instrumentos acentuam as frases da guitarra pra preparar pro solo – que me lembrou vagamente os solos que o Jonny Greewood costuma fazer, só que com duas guitarras fazendo uma sequencia homofônica muito boa até o fim da canção para meio que enfatizar. Matt termina sustentando uma nota perfeita no vocal e seguindo com a guitarra (em delay) e o baixo segue no cromatismo melódico. A estrutura em sua totalidade é muito bem construída em função da letra da canção, reforçando também seu efeito audiovisual”, um bela sacada da banda (como sempre).– Nicholas Serafim, Produtor Musical e Guitarrista da Forest Crows.

 

 

NME Magazine

 

Quão nova é a nova faixa do Muse? Os riffs raivosos que formam a base de “Psycho”, nossa primeira amostra do sétimo álbum de estúdio do trio, “Drones”, já aparecem ocasionalmente no set ao vivo há dezesseis anos. Neste vídeo, o riff aparece logo após ‘Agitated’, num show em Paris em 1999,  numa versão quase inalterada da que foi lançada esta noite. (Video de Agitated).

Por um longo tempo, então, a matéria-prima de ‘Psycho’, tem puxado os calcanhares de Matt Bellamy, implorando para se tornar uma música de corpo inteiro, ao invés da batida solta, enlouquecedora que anteriormente aparecia de tempo em tempo nos shows ao vivo deles. Não importa o quão intergalático o som deles se torne, cheio de sinfonias de opera do espaço e grandeza estrelar, essas linhas de guitarra tem perseguido o subconsciente de Matt Bellamy, recusando-se a ir embora. ‘Psycho’ vem sendo preparada há dezesseis anos. E, para os fãs que consideram o esmagador ‘Origin of Symmetry’ seu auge, valeu a pena a esperar.

Bellamy disse querer voltar às origens em “Drones” assim que terminaram “The 2nd Law”, seu sexto álbum, bombástico e desconcertante com suas influências do dubstep. Pelos padrões do Muse, ‘Psycho’ cumpre a promessa: pela primeira vez em 11 anos, as faixas soam como três homens em um quarto espancando barulhentamente seus instrumentos, retorcendo o mais desentranhado barulho que podem dele, o oposto da força de outro mundo de seus recentes álbuns. Acabou a grandeza de ficção cientifica de outro mundo que passamos a esperar do trio. Em seu lugar, algo um pouco mais humano e baseado na realidade.

Há uma rudeza em sua política, martelada por um vídeo repleto de sargentos gritando na tela, pedindo para que você se torne uma “máquina de matar” militarizada, enquanto a banda toca na escuridão. Mas a raiva está mais direta que nunca. Sem alegorias de lagartos espaciais. Sem filosofar sobre Era do Espaço ou profundos avisos de ecologia (“Espere para ver, sua verdadeira emancipação é uma fantasia… Salve nossas plantações da seca”, como Matt cantou no ultimo álbum). Em vez disso: um foguete de desert-rock sem enrolação e cheio de palavrões sobre a desesperadora natureza da sociedade moderna. “Eu vou fazer de você, eu vou quebrar você”, promete Bellamy, com uma maldade que nunca vimos nele. “Vou fazer de você a porra de um psicopata!”. O rosnado que envolve letras como “Amor, ele não te leva a nada”, por sua vez, fará, sem dúvidas, os fãs quererem saber como seu rompimento com sua parceira Kate Hudson pode ter afetado sua cabeça enquanto gravava a música.

De repente, a posição de headliner que a banda irá ocupar no Download Festival no sábado, 13 de junho, faz todo sentido: Muse parece estar ressurgindo como uma banda mais tensa, mais direta e e cheia de fúria do que em seus últimos álbuns. Se esse for o caso – ‘Psycho’ pode muito bem ser o momento mais brutal do álbum – só saberemos dia 8 de junho, quando ‘Drones’ chega na íntegra. Até lá, haverá um novo single, ‘Dead Inside’, previsto para 23 de março e uma série de shows no Reino Unido, que começam neste domingo em Belfast, onde mais coisas serão reveladas.

 

E você, curtiu?

Written By

Drone Master, mandante do crime, designer, programadora, amante de Muse mais do que a mãe (mentira, até porque a mãe ama Muse também) e também de Arctic Monkeys. Rondam-se boatos de que ela não seja Homo sapiens e sim Canis lupus.

Comments: 2

  • Brenda Carvalho

    13 de março de 2015
    reply

    Achei a música ótima. Pode ser viagem minha, mas ” sua mente é apenas um programa”, “eu sou um vírus”, “alguém que vai matar ao meu comando”…. Me lembra muito Doctor Who, quando os humanos são transformados em robôs, através de um vírus tecnológico, sem sentimentos que matam seus próprios familiares… E acreditam que isso seja a evolução deles. E todos são comandados por um líder.

  • Gisele Oliveira

    14 de março de 2015
    reply

    Olha só, é minha opinião, não me matem! A canção é viciante, “chiclete”, tocada ao vivo com certeza será uma loucura, mas ela não é grandiosa, com o instrumental e a letra me pareceu que a banda tava fazendo uma paródia (ou sátira) dela mesma. E o refrão your ass belongs to me now é apelativo, forçado e um desperdício da linda voz do Bellamy ( a não ser que essa seja uma expressão muito específica lá do Reino Unido), o lado bom é que esse refrão já está rendendo uma zueira infinita hahaha. Vejam bem, eu gostei da canção, mas espero mais de Drones, o qual estou confiante que será um grande álbum.

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