Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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MUSE E ABSOLUTION

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Em 2013 fãs votaram pela GIGWISE o Absolution (2003) como o melhor álbum do Muse, superando Origin of Symmetry (2001). Você conhece algumas dos maiores momentos e curiosidades dessa fase que os levaram ao Headline do Glastonbury?

 

 

2003 – Photo Session Absolution – 7

 

 

Conceito

Inicialmente, o ‘Absolution’ foi planejado como um álbum conceitual acerca do tema da insanidade, assim como o bem sucedido ‘Dark Side Of The Moon’ do Pink Floyd. No fim das contas, a influência da guerra do Iraque mudou a direção do disco mas, como o produtor Paul Reeve explicou, “Ainda existem alguns elementos sobre isso. O que restou são coisas como ‘Butterflies and Hurricanes’.”

 

 

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Morte, Religião, Fim do Mundo e Pessoal…?

  • Apesar do álbum trazer temas como morte, religião e o fim do mundo, e claro, o espaço; Matt Bellamy disse a NME que a inspiração por atrás deste CD foi muito mais pé no chão que seus anteriores:

“O Showbiz foi um pouco raiva adolescente, Origin of Symmetry  foi sobre viajar em turnês por muito tempo e perder conexão com sua família e amigos, então não conhecíamos direito quem estava ao nosso redor e nem nos reconhecíamos, e o Absolution é mais sobre nós sendo pessoais, sobre nós em casa como pessoas normais.”

 

 

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O Pacto com o Diabo

Considerando que seu título era “Action Faust” – referência ao pacto maquiavélico feito em Diabo de Goethe – uma interpretação online de ‘The Small Print’ diz que a música é sobre satã comprando a alma de alguém em troca de uma proeza musical supernatural. “Be my slave to the grave” (Seja meu escravo até o túmulo), Bellamy canta, “I’m a priest God never paid” (Eu sou um padre que Deus nunca pagou)”. O tipo de “letras pequenas” que você só esperaria encontrar se na verdade você se preocupasse em ler o novo contrato do cliente do iTunes, mas devo dizer, esse menino Bellamy é muito bom na guitarra, hein? Suspeito? Haha.

 

 

The Devil's Advocate

 

 

Amor e ABBA

  • Conversando com a NME um pouco antes do álbum sair, Matt comentou sobre a característica mais agitadas das canções, e disse:

“Eu não sou casado ainda, mas eu fui sugado por esse universo italiano. Eu conheci uma garota de lá e eu fiquei cativado. Eu acho que haverá algumas músicas mais positivas, algumas das minhas novas músicas favoritas são como as do ABBA!”

 

 

Abba

 

 

Mensagem Subliminar

  • Alguns fãs mais fanáticos diziam que se você escutar de trás para frente o refrão da Stockholm Syndrome, Matt canta “You can’t see me, we sneak off. I lost love. Please, save the night Wind and high above, I lost love. Sing, save”  (Você não pode me ver, nós fugimos. Eu perdi para o amor. Por favor, salve o vento da noite e além, eu perdi para o amor. Cante, salve.).

 

 

 

 

Todos nós sabemos a base de ‘Stockholm Syndrome’, é claro – o assalto de banco de Kreditbanken na praça de Norrmalmstorg em Stockholm no ano de 1973, quando alguns dos reféns que foram mantidos presos por seis dias se apaixonaram e depois defenderam os raptores no julgamento – um deles até mesmo pegou o nome dos assaltantes antes deles sumirem.

 

 

Billie Jean como Inspiração

  • Falando em inspiração para o primeiro top hit da banda, “Time Is Running Out”, Matt disse:

“Nós queríamos algo mais funky, um pouco mais… Não funky, mas mais groovy. Era algo que nunca tínhamos feito antes. Algo que te dá vontade de estalar seus dedos. Algo que tinha uma influencia de algum como Michael Jackson. Nós queríamos algo que soasse como ‘Billie Jean’”

 

 

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Muitas Versões da Fotografia

  • Sobre a capa do álbum, que divergiu a opinião de muitos fãs sobre seu significado, Dom Howard declarou empate: “A arte da capa por ser tanto pessoas chegando a Terra ou deixando a Terra, está aberto a interpretações.” Entre CDs, DVDs, Vinil e encartes de outros países, muitas versões da fotografia das sombras humanas foram tiradas:

 

 

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A capa representa as sombras das almas subindo ao céu durante a “Ruptura” (passagem bíblica, que pode ser melhor entendida em Mateus 24:36-39), ou possíveis aliens descendentes, foi feita pelo artista Robert Truman, responsável pelo lendário conceito original do designer Storm Thorgerson’s (Pinky Floyd) e foi totalmente sem Photoshop. Como as sombras foram suspensas sem apoio aparente, continua a ser um mistério…

 

 

Fury VS The Small Print

  • “Fury” esteve muito próxima de entrar no álbum. Matt queria a música no Absolution mas Chris e Dom votaram a favor da ‘The Small Print”. Ela se torna a b-side da ‘Sing For Absolution’ e entra na versão japonesa do álbum – entre “The Small Print” e “Endlessly”.

 

 

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A Festa de Lançamento

Ao contrário do atual padrão de festas de lançamento de álbum, o Muse fez a estréia do ‘Absolution’ para impresa com uma grande exibição no planetário de Londres, mídia e convidados desfrutaram de um espetacular show estrelar antes de serem convocados para uma after-party no museu de cera Madam Tussauds, e tendo que passar na saída por um “quarto dos horrores” subterrâneo com atores fantasiados de zumbis aparecendo por todos os lados. Foi brilhante.

 

 

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Versão Rara

  • As versões mais antigas do Absolution vieram com a ordem das faixas Interlude e Hysteria trocadas. Há provavelmente alguns fãs fanáticos que pagariam muito dinheiro por esta rara “versão errada”.

 

 

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Bem-vindos aos EUA

  • O segundo e brilhante álbum da banda foi descaradamente ignorado nos Estados Unidos na época do seu lançamento (resultado do conflito da gravadora com o falseto do Matt na Plug In Baby). Mas os fãs americanos tiveram a sua vez de recebe-los depois de que o Absolution, que continha músicas mais amigáveis para as rádios, foi lançado. Entretanto, na noite de abertura da turnê americana em Atlanta em 2004, Matt Bellamy acertou a guitarra no próprio rosto e abriu um corte que o fez sangrar no palco – e precisou deixar o show. Ele alegou que estava acostumado com arenas e não com casas de shows pequenas e acabou se perdendo ali. Há alguns vídeos no Youtube imortalizando a famosa frase: “I’m sorry guys, I fucked up my face.”

 

 

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Oi? The Darkness, Quem?

  •  Apesar da banda já se apresentar em arenas em 2004 com um rock de integridade, eles perderam o BRIT de Melhor Rock Britânico para a banda The Darkness. Ainda Justin Hawkins, vocalista da banda, disse algumas coisas sobre Bellamy cantar “como um gato sendo sodomizado” na época… Bem, quem está no topo agora?

 

 

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Triunfo e Tragédia

  • O sucesso de Absolution os levou a fazer o headline do Pyramid Stage em Glasto pela primeira vez em 2004. Enquanto este triunfo era imortalizado em DVD, o pai de Dom Howard faleceu poucas horas após a performance.

“Foi o maior sentimento de conquista que já tivemos depois de descer de um palco”, disse Matt, “Foi quase surreal que uma hora depois o pai dele faleceu. Não se podia acreditar. Nós passamos a semana toda tentando dar suporte ao Dom. Eu acho que ele estava feliz que pelo menos o pai dele pode ver ele em um dos melhores momentos da banda até ali…”

  • A banda também fez o headline do V Festival naquele verão com o The Strokes, mas mais má sorte… Chris quebrou seu pulso em um jogo de futebol e foi substituído pelo baixista do The Streets, Morgan Nicholls, por alguns shows.

 

 

Equipamentos Exóticos!

Os “instrumentos” incomuns que a banda tocou no álbum inclui coxas (que são batidas com as mãos em ‘Time Is Running Out’), uma piscina (onde o Dom gravou a bateria de ‘Apocalypse Please’), cascalho (no qual a banda pisou para gravar a Intro), bolhas de banheira de hidromassagem (overdub não usado de ‘Apocalypse Please’) e uma roda de uma carroça, usada como tambor em ‘Time is Running Out’.

 

 

Como Calar a Boca de Uma Orquestra Toda, com Matt Bellamy

“Normalmente, se você vai a uma sessão e tem músicos de cordas”, disse Paul Reeve sobre os dias em que a banda gravou com uma orquestra completa, “Eles são, em geral, bastante esnobes. Eles acham que estão realmente acima dos outros, pensam que só estão fazendo aquilo devido a falta de algo mais apropriado a fazer. Mas o Matt se sentou e fez um pouco de seu pseudo-Rachmaninov no piano e os queixos deles caíram! A orquestra inteira ficou olhando para ele com absoluta admiração. Foi um momento adorável.”

 

 

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Conspirações Globais

O video de ‘Time is Running Out’ com um conselho sombrio do Dr. Strangelove (famoso filme de Stanley Kubrick) e poderosos negociadores, foi inspirado na Comissão Trilateral, uma organização de banqueiros, acadêmicos, políticos, líderes sindicais, da imprensa e energia, criado em 1973, a quem Matt acreditava que realmente controlavam o mundo. Isso, é claro, antes de Simon Cowell e os Cookies do Facebook.

 

 

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Pesadelos

Decidido que o ‘Absolution’ poderia ser sua maior declaração socio-política, o estresse começava a afetar Matt. Ele viveu extrema oscilação de humor no estúdio, as vezes marcada por uma incapacidade de auto-crítica e outros momentos de criatividade aparentemente inesgotável. O estresse o tomou ele de forma tão profunda, que ele começou a ter sonhos sobre ser pendurado de cabeça pra baixo pelos tornozelos e espancado na sola dos pés. Isto, claro, foi bem antes de GTA 5.

 

 

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Um Ser Gamado em um CD

Muito doido, não? Saiu “igualzinho” ao plano inicial. Esse tormento interno e intenso que o Absolution transpassa em suas letras e melodias, a problemática pessoal e com o mundo é uma das características que me fazem elegê-lo como, possivelmente, o melhor álbum da banda. Sou suspeita a dizer, eu sei. Eu conheci a banda por ‘Hysteria’ e desde então eu entreguei meu coração e minha alma para ela. É a vida.

 

 

Written By

Drone Master, mandante do crime, designer, programadora, amante de Muse mais do que a mãe (mentira, até porque a mãe ama Muse também) e também de Arctic Monkeys. Rondam-se boatos de que ela não seja Homo sapiens e sim Canis lupus.

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