Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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[TRADUÇÃO] MATT CONVIDA ADELE PARA PARTICIPAR DO SHOW DO MUSE EM GLASTONBURY!

Na última quarta feira (13), Matt conversou com o apresentador Nick Grimshaw da BBC Radio 1, e o Muse BR traduziu pra vocês. Confira a seguir os principais tópicos:

 

Matt fala sobre o show na arena O2, e da expectativa de quebrar o recorde de público do local. Apesar da maior lotação cumulativa ainda ser de Prince, que fez cerca de 20 shows seguidos na arena e conseguiu um público de mais de 350 mil pessoas, Muse quer investir no recorde de público em apenas uma noite.

Nick pergunta sobre a exposição de um palco 360 e Matt diz que ele teve que trabalhar nas suas “poses de rock”, para que elas ficassem boas em qualquer ângulo. Também é comentado o formato do palco, com duas “asas” em cada ponta para que haja interação com todo o público.

O vocalista fala sobre os drones que fazem parte do espetáculo da Drones World Tour, e como eles são praticamente autônomos; “Você pode programá-los com o que você quer que eles façam, mas eles nem sempre fazem”, disse Matt. “Uma vez, todos os drones falharam e voaram direto para o público. Nós estávamos tocando Supermassive Black Hole e tentando parecer legais, mas tivemos que parar o show por causa disso.”

Continuam a conversa falando sobre drones e inteligência artificial. Matt fala sobre maneiras específicas de derrubar drones, como “uma arma guiada por laser que solta uma pequena rede que derruba drones pequenos se eles voarem no seu jardim” e também diz que estão treinando gaviões para o mesmo fim. “Não tenho certeza qual… tipo. Aquele grande”, disse o cantor, “mas pesquisadores estão treinando esses gaviões para derrubar drones pequenos. Eles podem bisbilhotar a vida das pessoas, mas também podem ser perigosos”. Matt diz, porém, que IA (inteligência artificial) é ainda mais assustador. “Esses sites e aplicativos de encontros têm algoritmos que combinam pessoas. Isso quer dizer que, basicamente, a IA está fazendo bebês.”

Nick comenta que, quando ouviu Reapers pela primeira na BBC Radio 1, ele teve que checar se realmente estava ouvindo essa rádio, por ser uma música tão pesada. Matt diz que estão trazendo um pouco desse rock de volta, principalmente pela presença do produtor Mutt Lange no álbum, que produziu o clássico Back In Black, do AC/DC.

O assunto chega ao Glastonbury, festival em que Muse será atração principal em um dos três dias, e Nick pergunta se isso fica menos importante por ser a terceira vez que a banda está nessa posição. Matt diz que não: “Eu acho que somos a primeira banda a ser atração principal nos três dias”, disse ele. “Na primeira vez, tocamos no domingo; na segunda vez, tocamos no sábado e agora, tocaremos na sexta. Então estamos animados para isso.” Matt comenta também sobre o cartaz do festival, em que o nome da banda estava na primeira linha: “Eu mandei uma mensagem pro Chris Martin (do Coldplay, outra atração do festival) com uma foto do pôster, falando de brincadeira ‘continue escrevendo hits, amigo, algum dia você vai estar com o nome no topo’. Também falei ‘boa sorte com os estádios’. “

Grimshaw conta uma história do Glastonbury de 2010, ano em que o Muse também foi atração principal: “estávamos assistindo uma banda e nós voltamos para onde estávamos, que era uma casa móvel. Quando chegamos lá, ela estava inundada e o banheiro estava inundado. Basicamente, tinha um cocô boiando… bloqueando o vaso sanitário. A gente ficou pensando “o que vamos fazer, está inundando tudo” então minha amiga Gillian foi corajosa por todos nós, ela reagiu instintivamente, pegou aquilo e jogou para fora, por cima da cerca, para onde ela achava que era apenas o final do acampamento, porque estávamos numa das pontas. Então ela jogou-o sobre a cerca e nós ficamos tipo “Graças a Deus Gillian, você salvou a todos nós”, mas… ela na verdade jogou no complexo do Muse.” O apresentador se desculpa pelo acontecimento, e Matt, rindo da história, diz que todos têm sorte que não caiu no sapato do Dom.

Ainda falando sobre o festival, Matt diz que desta vez ele finalmente vai aproveitar os shows e festival inteiro, ficando lá para os três dias em uma barraca de acampamento de luxo (glamping, como é conhecido esse tipo de refúgio). O cantor fala que não pôde aproveitar muito das últimas vezes que foi ao festival, mas nos anos 90, ele foi a 4 ou 5 edições seguidas, vendo o famoso show de Jeff Buckley, Weezer e outras bandas variadas.

Nick pergunta se o trio fica nervoso com um público do tamanho do Glastonbury ou se eles já estão acostumados. “Eu nunca poderia me acostumar a isso” Matt diz, “é enorme, e é um sentimento incontrolável quando você vê todas aquelas pessoas. Mas mesmo assim, mal posso esperar.” Matt também compartilha que a maior dificuldade será adaptar o show da Drones World Tour, feito em um palco 360 graus, para o palco do festival. “Faremos (essa adaptação) num espaço de dois dias, porque tocaremos em Moscou dois dias antes do festival. E nós tentaremos mudar o equipamento, ensaiar e tocar no Glastonbury.”

O entrevistador pergunta se Matt tem algum conselho pra Adele, que será atração principal do sábado pela primeira vez em sua carreira. Ela já havia expressado durante um show em Manchester que não conseguiria se apresentar na frente de um público tão imenso. Matt então faz um convite: “Ela devia ir ao festival na noite anterior e cantar com a gente. Quem sabe Feeling Good ou algo assim. Para aliviar a pressão, sabe? Ou então só assistir alguns shows e sentir o palco antes de subir nele. Muitas pessoas, quando estão nervosas, se trancam longe de tudo e a primeira vez que eles veem tudo aquilo é quando eles vão se apresentar, e isso pode te fazer travar.” Concluindo, Matt fala que acha que ela se sairá bem. “Chris foi ao show dela no O2 e disse que ela é inacreditável”, disse.

Finalmente, Nick parabeniza Matt pelo Grammy que a banda ganhou por Melhor Álbum de Rock com Drones, e pergunta se ele recebe um ou um para cada membro da banda. “Me deram um de mentira no dia da cerimônia,” ele fala, “mas talvez eles mandem o de verdade pelo correio.”

Tradução: Marcela Rodrigues
Revisão: Flávia Amaral

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Drone-Mais-Rápido-Que-A-Morte. Vivendo de Muse, Física e internet.

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