Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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MUSE FALA SOBRE TODAS AS MÚSICAS DE SIMULATION THEORY – ENTREVISTA RADIO X PARTE 2

Na parte 2 desta série cobrindo a entrevista à Radio X, a banda fala sobre inspirações, composição e produção de cada música de Simulation Theory. Algumas dessas novidades certamente mudarão a forma como os fãs interpretarão cada música do novo lançamento!

Algorithm

De acordo com Matt, é uma das faixas que mais foram influenciadas pelas trilhas sonoras de filmes e jogos dos anos 80.

The Dark Side

Matt menciona que muitas músicas da banda trazem um tema de distopia, um desconforto com tecnologia, e as duas primeiras músicas abordam a fuga dessa temática sombria. O resto do álbum, por sua vez, é mais divertido, colorido, positivo. “Essa música pode ser interpretada de muitas maneiras, como uma fuga da ansiedade, ou como estar preso na Matrix e querer fugir da realidade.”

Pressure

É a música mais parecida com Muse tradicional, lembrando muito Absolution, de acordo com Matt. Ele conta que pensou em compor músicas focadas na guitarra por sentir que o instrumento estava sendo muito ignorado no álbum. Ainda brinca dizendo que quer tocar guitarra para ter o que fazer no palco durante os shows. Também conta que a música teve forte influência das linhas de baixo de Paul McCartney, que teve que aprender para assumir o papel de baixista na banda cover de Beatles chamada Dr. Pepper’s Jaded Hearts Club Band, que formou com outros amigos músicos. Apesar de Pressure não soar nada como uma música dos Beatles, a influência de Paul foi tamanha que ela foi composta usando apenas as quatro cordas mais graves da guitarra. Durante as gravações, Dom achou que a música era parecida demais com o estilo tradicional de Muse, então propôs que incluíssem metais, tais como tuba e trompetes.

Propaganda

Matt diz que tem um distúrbio da fala em que pronuncia “P”s seguidos de “R”s como “pw” (como o famoso “pwoper”), e estava na hora de compor uma música que girasse em torno disso. A música surgiu de uma gravação que ele fez no celular enquanto estava no trânsito de Los Angeles, em que ficava repetindo “pwo pwo pwo paganda” e fazendo beatbox, e pensou: “Essa é a coisa mais estranha de todos os tempos, e se der certo e virar uma música do Muse, vai ser hilário.” Chris diz que Matt sempre foi assim, e conta que quando ouviu pela primeira vez a ideia para a linha de baixo de Muscle Museum, também estranhou bastante. Dom fala que Propaganda tem bastante influência de Prince e da banda de funk dos anos 70 Cameo.


Break It To Me

Dom revela que, após ouvirem o riff principal da música (tocado na guitarra de 7 cordas), decidiram que não poderiam criar um arranjo tradicional com bateria e baixo, ou a música ficaria com cara de Rage Against the Machine. Daí surgiu a ideia dos tambores tribais, sintetizadores distorcidos e influência do hip-hop.

Something Human

Matt conta: “Essa música foi composta como uma peça acústica bem simples. Foi a primeira que escrevemos após a turnê Drones, e é sobre como estávamos cansados após a turnê e queríamos voltar para casa. É bem direta.” Apesar da simplicidade, a música levou um ano para ser finalizada, pois teve que ser retrabalhada quando a banda definiu que o álbum teria um som artificial com muitos sintetizadores.

Thought Contagion

Matt e Chris lembram que essa música surgiu na mesma sessão de estúdio de duas semanas em que nasceram Pressure, Algorithm e The Dark Side. Foi também a primeira dessas a ficar pronta. O tema da música foi inspirado em um livro de Richard Dawkins, onde o autor fala que pensamentos e ideias podem se espalhar como vírus, independentemente de sua veracidade.

Get Up And Fight

Matt conta que quis criar algo bem diferente com essa música, então buscou Max Martin e Shellback, conhecidos por seu trabalho com Taylor Swift (entre outros artistas pop). Diz que “a maioria dos produtores com quem trabalhamos, além do Rich [Costey], não costumam trabalhar com rock”, mas que esses dois não só eram metaleiros quando jovens, como Shellback até estava no mosh pit quando Muse tocou em Estocolmo durante a turnê Origin of Symmetry. A música nasceu como algo mais leve, estilo Starlight, mas Shellback quis trabalhar com dinâmica, até mudança de tom. Também trabalhou para que Tove Lo, de quem Matt gosta bastante, tivesse participação na música.

Blockades

Matt conta que não tinha certeza se essa música entraria no álbum por ela parecer demais com o estilo Muse clássico, ficando deslocada em Simulation Theory, então incluíram sintetizadores e outros sons que a fizessem combinar com as outras músicas.

Dig Down

A primeira versão da música era a que chamaram de “gospel acústica”, que tocaram no programa Jools Holland e acabou como uma versão alternativa na edição bônus do álbum, com base em violão, piano e coral. Em um dos momentos iniciais da produção, a banda decidiu experimentar com sons eletrônicos, e a mudança completa na música guiou o estilo de todo o álbum.

The Void

Matt diz que visualizou um astronauta que se desprende da estação espacial e flutua sem controle pelo vazio do espaço enquanto vê a Terra se afastando. Assim como Algorithm, foi uma das músicas mais influenciadas pela trilha sonora de filmes dos anos 80.

Chegamos ao fim da parte 2! Você aprendeu algo interessante ou inesperado sobre Simulation Theory? Na parte 3, descobriremos detalhes surpreendentes sobre o que está reservado para o futuro da banda, e ainda saberemos o que Matt, Chris e Dom pensam sobre seus maiores clássicos!

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Aqui tem informação! Tradução também. E umas coisas a mais.

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