Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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Matt fala sobre a pausa da banda num futuro próximo

Ainda na Austrália, Matt conversa sobre a possibilidade da banda se afastar dos palcos por um tempo, sobre o álbum The Resistance e novos singles:

Assim que Muse começa as preparações no backstage para o show no Big Day Out 2010 em Auckland, um terrível guincho emana do palco principal. Não é Lily Allen, é um cara de jetpack, decolando do palco. Aí está a “chave de ouro” do Muse.

“Nós não podemos usar esse truque agora”, adianta-se Matt Bellamy, frontman familiarizado aos prazeres do jetpack. Ele comprou um anos atrás, uma aquisição de rockstar doido. “Mas é um tipo diferente de jetpack”, ele diz, com um olhar de expert no assunto. “É do mesmo tipo que Michael Jackson usou”.

Bem, o jetpack está fora. Mas o Muse nunca faz shows comuns. O que mais eles podem tirar do chapéu nessa passagem pelo BDO?

“Nós não pudemos trazer espaçonaves ou nenhuma coisa assim. Eu não sei o que ainda temos, realmente, fora algumas faixas boas, alguns riffs e tentar manter a multidão empolgada. É simples. Você não quer exagerar muito porque é um festival, deve ser não muito extravagante”, Bellamy diz.

“Eu estava pensando em virar um fazendeiro”, ele diz, de repente. “Queria comprar uma fazenda com plantação de maconha e simplesmente passar um tempo no campo. Penso muito nisso”

Será que ele está nos dizendo que precisa de um tempo?

“Sim, exatamente”, ri. “Eu poderia morar numa barraca na minha fazenda em algum lugar. Isolado e com uma espingarda.”

“Eu sinto que nós atingimos um alto nível, como banda ao vivo, e acho que com o que fizemos em estúdio também. Realizamos nosso trabalho muito bem. Então talvez esse seja o momento de fazer uma pausa, nos afastarmos um pouco e ver se alguém sente nossa falta”.

Tudo muito bom em teoria, mas de jeito nenhum o inquieto vocalista poderia ficar parado para não fazer nada por um tempo.

“É por isso que já estou pensando em outras vocações, como a de fazendeiro. Eu gosto da idéia de dirigir um trator e cuidar da colheita. Algo repetitivo, mas relaxante. Acho que é disso que preciso na minha vida. Enquanto eu tiver um trator e algumas safras para colher, acho que ficarei bem. Mas se eu apenas ficar em casa pensando ‘E agora?’, vou enlouquecer e compor outro álbum”.

Muse tem, nos últimos dez anos, seguido uma trajetória invejável. Conforme suas músicas foram se tornando maiores e mais impactantes, seus shows também cresceram. Ao ponto da banda passar o resto desse ano fazendo a sua maior turnê americana até agora, seguida pela turnê em estádios da Europa.

“Eu me diverti bastante e isso é o que importa. O que vale não é até onde você chegou, mas sim o quanto tirou proveito disso” Bellamy diz, sabiamente. “Nós temos vários amigos na equipe que esteve conosco o tempo todo e também conhecemos muitas pessoas pelo mundo, com quem passamos bons momentos. É muito interessante. Mas não está tudo acabado! Estou falando como se estivesse, mas não é isso”.

Não, não acabou, mas após lançar o mundialmente popular The Resistance, Muse parece estar no palco, quando talvez seja hora de dar um tempo e voltar a sonhar, como Bono (U2) disse uma vez.

Os fãs de Muse sempre tiveram uma mente aberta. Matt comenta sobre os álbuns anteriores:

“Houve vezes em que nós saímos do pop-rock e nos vimos em um mar de sintetizadores e música clássica”.

Mas agora ele está considerando testar os limites do que seus fãs podem aceitar.

“Estou surpreso que tenhamos nos safado dessa vez”, ele ri. “Eu fico inovando e as pessoas parecem gostar disso. Então, vou continuar a forçar”.

Suas idéias para o futuro do Muse incluem se afastar um pouco da música ou apenas lançar músicas de um modo diferente.

“Dissemos que iríamos começar a lançar músicas fora de álbuns; talvez esse ano nós lancemos um single aleatório, que não tenha nada a ver com um álbum. Só gravar, divulgar e ver o que acontece”.

Mas a prioridade parece ser mesmo a fuga para a fazenda. Bellamy avalia que ele, o baterista Dominic Howard e o baixista Chris Wolstenholme precisam saber quem eles são longe do rock ‘n’ roll.

“Nós conhecemos uns aos outros muito bem, mas não conhecemos nós mesmos. Eu conheço Dom muito bem, mas ele não tem idéia de quem seja. Assim como ele sabe quem sou eu, mas eu não. É um caso para se sentar e tentar descobrir sobre o que tudo isso se trata.”

Fonte: Herald Sun

Written By

Drone Master, mandante do crime, designer, programadora, amante de Muse mais do que a mãe (mentira, até porque a mãe ama Muse também) e também de Arctic Monkeys. Rondam-se boatos de que ela não seja Homo sapiens e sim Canis lupus.

Comments: 1

  • Barcao

    27 de janeiro de 2010
    reply

    Depois que eles tocarem pelo menos mais uma vez no Brasil eles podem dar um tempo, antes disso, NUNCA!

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