Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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Entrevista para o Le Monde

Às vésperas dos shows no Stade de France, Matt e Dom deram uma entrevista ao jornal Le Monde.

Confira a tradução:

Após passar pelo palco do San Siro, em Milão e antes disso no de Wembley, em Londres,  Muse e seus 54 caminhões de turnê chegam na sexta-feira, dia 11, e no sábado, dia 12, ao Stade de France.

O trio inglês, formado na metade dos anos 1990 em uma pequena cidade de Teignmouth (Devon), por Matt Bellamy, Chris Wolstenholme e Dominic Howard, tornou-se um fenômeno do rock.

No dia anterior ao seu primeiro show, o vocalista e o baterista desse grupo desproporcionalmente lírico, que vendeu 20 milhões de álbuns (incluindo 500.000 cópias de “The Resistance” vendidas na França), nos receberam no backstage.

No que vocês se concentraram quando começaram a carreira?

Matthew Bellamy: Minha prioridade é o show. Nós sempre fomos melhores no palco. No estúdio, é difícil captar a mesma espontaneidade, a mesma honestidade.

Dominic Howard: Essa foi nossa primeira obsessão, tocar o máximo que pudermos, para o máximo de pessoas possíveis. Isso foi o que aconteceu na França. Não entramos em um território já conquistado, com vários hits. Nós tocamos em vários lugares, começando por casas de shows pequenas e o sucesso foi sendo construído gradualmente. Mesmo assim, durante um dos nossos primeiros shows em Paris, não podíamos acreditar na multidão presente no clube. E muitas outras pessoas ficaram do lado de fora. Não tínhamos idéia de que um dia, tocaríamos no Stade de France.

A partir do primeiro álbum, nós sentimos que sua música é para ser tocada em estádios?

M.B: As bandas geralmente dizem que preferem um clima mais intimista. Eu prefiro os palcos. Muitas das minhas idéias musicais se encaixam tanto em grandes quanto em pequenos lugares. Isso provavelmente vem do meu interesse por música clássica e compositores que procuram causar um grande impacto.

Você teve uma formação em música clássica?

M.B: Eu descobri a música clássica aos 16 ou 17 anos e isso exerceu uma grande influência sobre mim, especialmente os compositores do período do Romantismo – Chopin, Tchaikovsky, Rachmaninov, Berlioz. Eu gosto dessa dimensão dramática, o jeito bombástico e a habilidade de transmitir uma grande variedade de emoções. Demorei uns dois ou três álbuns para incorporar essas idéias ao grupo.

Você nunca teve medo de dar um visual tão pomposo à sua música?

M.B: (Ri) Eu acho que não é o suficiente. O perigo para alguns artistas é aproximar demais a sua arte da sua personalidade. Eu ficaria muito desconfortável de não tocar minha guitarra, me sentiria muito exposto. Eu prefiro a música que inventa um universo.

Você parece defender um retorno à intensidade emocional que marcou o começo dos anos 1990 com Buckley, Nirvana e Radiohead.

Fomos atraídos por isso, enquanto tentávamos introduzir aspectos mais leves. Nossa música tem tanto profundas emoções quanto senso de humor. Inicialmente, focamos na expressão da ansiedade pessoal. Depois, expandimos nossos temas, como por exemplo, a discussão sobre ficção científica. Isso andou de mãos dadas com a exploração de um espectro musical mais amplo.

O termo “rock de estádio” tem uma conotação pejorativa?

D.H: Bandas como o U2 restauraram a dimensão positiva. Eles nos fizeram entender que apresentações desse tamanho têm um comprometimento com a excelência, em termos de cenário e iluminação. Nós tentamos seguir o exemplo deles. E o nível de excitação gerado pelas multidões nos proporciona sensações indescritíveis.

Com a falta de tempo e o sucesso, como vocês preservam a amizade?

M.B: Tivemos muitos altos e baixos. Enquanto estávamos gravando o último álbum, em particular, passamos por tempos difíceis.

D.H: Nós vivemos em lugares meio distantes uns dos outros. Mas graças à turnê e às gravações, nós passamos muito tempo juntos e temos muitos planos para o futuro. Mesmo após termos aprimorado nossa música com teclados e arranjos sinfônicos, o coração do Muse é o poder e a dinâmica do trio guitarra-baixo-bateria.

Fonte: Le Monde

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A equipe mais animada, doida, faladeira e confusa que um fã clube de Muse poderia ter. Nós amamos Muse de todo o coração assim como (a maioria) dos seus fãs. A dedicação é de coração.

Comments: 3

  • zsbianca

    11 de junho de 2010
    reply

    *—* adorei a entrevista 😀

  • Izaa.

    12 de junho de 2010
    reply

    “o coração do Muse é o poder e a dinâmica do trio guitarra-baixo-bateria”
    Banda perfeita essa!

  • dannyy

    19 de junho de 2010
    reply

    E eu digo amém!

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