Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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[Entrevista] Dominic fala ao CityLife

No dia 3 desse mês – um dia antes do show em Manchester – Dominic Howard deu uma entrevista ao jornal CityLife, falando sobre seus shows, os problemas na gravação do The Resistance, planos para o próximo álbum e, é claro, ser a maior banda do mundo.

Confira a tradução!

O Muse não é uma banda conhecida por ser humilde: é só ver seus shows ao vivo, que jogam muita pirotecnia, lasers, acrobatas e, provavelmente, até a pia da cozinha na plateia, e que deram ao trio de Devon milhares de prêmios de melhor banda ao vivo.

Afinal, esse é o grupo que, num ápice ao melhor estilo Spinal Tap, impediu a MTV europeia de transmitir a apresentação do Slayer num festival por causa do enorme OVNI usado no show, que demoliu a antena do canal.

“Parece que a MTV ficou 20 minutos sem transmitir absolutamente nada,” ri o baterista, Dominic Howard. “Nós achamos que o Slayer ia vir bater na gente, no típico estilo metal. Mas eu não sei o quão bravo se pode ficar com um disco voador que dá luz a uma mulher alienígena que então faz uma elegante dança acrobática enquanto está pendurada de cabeça para baixo.”

Bem, um pouco. Lamentavelmente, até para uma banda tão versada na arte dos espetáculos em estádios, certas ideias tiveram de ser deixadas de lado.

“Nos EUA, nós queríamos que um enorme zeppelin voasse acima da plateia e que fossem projetados vários vídeos nele, e ter uns feixes de luz saindo dele como em Independence Day. Mas,” suspira Howard, “é claro, isso tudo foi completamente descartado pelo departamento de segurança.”

Quando, amanhã, o Muse tocar no Old Trafford Cricket Ground, será o momento de coroação em um ano em que eles garantiram seu lugar no topo da liga dos melhores do rock. Quando seu audacioso novo álbum, The Resistance, foi lançado ano passado, ficou em primeiro em 21 países (e alcançou o terceiro lugar nos EUA); até hoje, vendeu mais de oito milhões de cópias.

A turnê subsequente incluiu fechar a pequena cidade de Teignmouth para uma triunfante apresentação de volta para casa; ser a banda de abertura do U2 (“eu recebi conselhos do Bono bêbado,” ele diz. “Ele disse umas coisas do tipo ‘sigam em frente – vocês podem ser tão grandes quanto a gente’.”); e, no Glastonbury, o Muse proporcionou um momento inesquecível: uma maravilhosa versão de Where The Streets Have No Name, do U2, com o The Edge na guitarra.

Para Howard, nascido em Stockport, no entanto, o Glastonbury trouxe de volta certas lembranças. Em 2004, quando o Muse foi a atração principal do festival pela primeira vez, seu pai sofreu um ataque cardíaco e faleceu, logo após testemunhar a apresentação da banda.

“Para a banda foi ótimo, mas, num nível pessoal, foi definitivamente estranho,” ele admite. “Eu não sabia como ia reagir a isso tudo. Eu sentia que estava tocando pela memória e pela honra dele. Eu tive que pensar assim, pra conseguir terminar o show. Por mais que tenha sido uma ótima apresentação, foi desconfortável para mim. Infelizmente, só o tempo pode te ajudar a lidar com esse tipo de coisa.”

É difícil invejar a ascenção do Muse. A história deles não é uma de sucesso repentino. Formada na escola, eles inicialmente foram escritos pela crítica como o Radiohead de um homem miserável, tendo mais tarde provado que eram algo muito além.

“É engraçado que as pessoas pensavam que nós éramos um bando de garotos depressivos,” reflete Howard. “Nós certamente levávamos as coisas mais a sério nessa época. Mas nós rapidamente superamos isso e começamos a aproveitar a vida. Nós não levávamos as críticas a sério porque nós nos sentíamos como forasteiros – e ainda nos sentimos. Somos gratos pelas reações negativas porque elas nos trouxeram a liberdade de fazer o que diabos nós quiséssemos. E,” ele declara com um floreio, “aqui estamos.”

O que é novo no Muse é o seu status como material de tablóide, graças ao envolvimento romântico do pequeno frontman Matt Bellamy com a atriz hollywoodiana Kate Hudson.

“Não afeta muita coisa, na verdade,” diz Howard. “A gente só ri disso tudo. Nós temos sido muito sortudos, porque somos meio que a maior banda não-famosa do mundo.”

Para gente de fora, o relacionamente parece estranho – prova de que, se o nerd não herdar a Terra, ele pelo menos conseguirá a garota. Com o passar dos anos, Bellamy construiu uma reputação um pouco – olha o eufemismo – excêntrico.

O amor de Bellamy por teorias políticas conspiratórias e ficção científica apocalíptica é refletido em suas letras portentosas, mas Howard admite que a banda às vezes tem que acalmá-lo um pouco.

“Às vezes Matt fala sobre fazer algum tipo de colaboração com David Icke (teórico conspiratório),” ele ri. “E isso é um pouco no limite porque ele realmente acredita que a Rainha da Inglaterra é um lagarto. Mas Matt quer uma colaboração, seja num monólogo numa música ou fazendo um discurso num show. Há uma frágil linha até a loucura – e eu vou garantir que ele não a ultrapasse.”

Depois de viver em países diferentes nos últimos anos – Howard morando no sul da França; o baixista, Chris Wolstenholme em Dublin e Bellamy no Lago de Como, na Itália, onde ele tem George Clooney como vizinho – o Muse planeja se mudar para Londres na metade de 2011, iniciando os trabalhos no seu sexto disco.

“Eu acho que, para fazer música num ambiente confortável, onde a família e afins estão envolvidos, nós precisamos estar perto uns dos outros,” explica Howard sobre a decisão.

Pode-se suspeitar que o desejo deles de passar mais tempo juntos também é um efeito colateral de terem sido forçados aos seus limites enquanto gravavam o The Resistance.

Não só foi o primeiro álbum que o grupo mesmo produziu – amplificando assim a pressão – mas, durante o fim das sessões, Wolstenholme se internou numa clínica de reabilitação para curar-se de seu alcoolismo.

“Acho que, musicalmente, nós conseguimos terminar,” diz Howard, candidamente. “Mas não foi das experiências mais confortáveis. Geralmente, o Chris exagerava e tinha muitos problemas com a bebida. Então nós passávamos muito tempo nos perguntando onde ele estava – até mesmo quando ele estava no cômodo. Acho que isso jogou mais peso pra cima de mim e do Matt.”

“Será interessante e empolgante trabalhar juntos novamente,” ele continua, “porque ele estará mais presente mentalmente do que jamais esteve. Finalmente haverá outra opinião no estúdio que não está encoberta por nada.”

“A opção fácil,” declara Howard sobre aquele período, “teria sido simplesmente fechar a porta e sair fora. Mas depois de 16 anos, nós já passamos por coisas piores. Elas só não foram ditas ao público. E nós sempre pensamos sobre o quadro maior.”

“Sejamos honestos,” ele sorri. “O negócio é ser a maior banda do mundo. O U2 não vai ficar por aí para sempre. Eles vão terminar em algum ponto e aí quem vai tomar o lugar deles? No momento está entre nós, o Coldplay e o Radiohead. Será uma bela corrida até a linha de chegada.”

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Fonte: CityLife

Written By

A equipe mais animada, doida, faladeira e confusa que um fã clube de Muse poderia ter. Nós amamos Muse de todo o coração assim como (a maioria) dos seus fãs. A dedicação é de coração.

Comments: 21

  • NatyPedretti

    6 de setembro de 2010
    reply

    “Eles vão terminar em algum ponto e aí quem vai tomar o lugar deles?” Muse, claro.

    • fibellamy

      6 de setembro de 2010
      reply

      obvio x)

      • Natalia_moonstarcollision

        6 de setembro de 2010
        reply

        Podeee crerr !

  • fibellamy

    6 de setembro de 2010
    reply

    “a maior banda não-famosa do mundo” eu cá gosto assim

    • dannyy

      6 de setembro de 2010
      reply

      Eu tenho um segredinho, não conta a ninguém tá: (eu também).

      • Natalia_moonstarcollision

        6 de setembro de 2010
        reply

        somos 3
        XD

        • Maria Luiza

          7 de setembro de 2010
          reply

          Somos 4

  • Bea

    6 de setembro de 2010
    reply

    É por isto que eu adoooro o Dom 😀 😀
    Tão querido (:

    • LosovoiMuse

      6 de setembro de 2010
      reply

      É.. ele é tão simpático também..
      eu quero ter um filho igual a ele!

  • Nicole

    6 de setembro de 2010
    reply

    “pequeno frontman Matt Bellamy” HAHAHA e a velha história da estatura do Matt continua!

    Acho engraçado isso, de Muse compôr músicas de conteúdo, com músicos realmente talentosos, e bandinhas escrotas como vemos por aí fazendo mais sucesso que eles. Realmente essa juventude está perdida.
    Aí quando eles virarem bandas clássicas como U2, AC/DC etc, a galera vai achar cool. Isso provavelmente vai acontecer quando o Chris tiver 50 netos! Hehehe

    Só espero que eles não iniciem a gravação do novo álbum antes da turnê do The Resistance passar por aqui.

    • NatyPedretti

      6 de setembro de 2010
      reply

      ah não se preocupa, eles vão vir no rock in rio *dedoscruzados*

    • Pou

      6 de setembro de 2010
      reply

      Com certeza, essas merdas de bandas que invadiram o mundo, NOSSA!O MUSE tem é que se achar mesmo, por que o eles são os melhores.

    • Trudy

      12 de agosto de 2014
      reply

      Keep these ariltces coming as they’ve opened many new doors for me.

  • dannyy

    6 de setembro de 2010
    reply

    Não consigo imaginar como deve ter sido difícil pro Dom.
    Já o caso do Chris me intriga um pouco, parou ou diminuiu a quantidade? Bem, não importa, contanto que ele esteja realmente bem.

  • Pou

    6 de setembro de 2010
    reply

    Para sempre MUSE em nossas vidas, tem gente dizendo por aí que o MUSE vai acabar daqui uns 3 anos, de jeito algum… Eles tem que ser a melhor banda do mundo. Eles podem… Eu confio neles. Poxa vida… O pai do Dom morreu… que triste, eu lamento Dom.

  • Izaa.

    6 de setembro de 2010
    reply

    Com a genialidade de matt, é dificl a banda acabar! muse forever!

  • hanna s.

    6 de setembro de 2010
    reply

    “Há uma frágil linha até a loucura – e eu vou garantir que ele não a ultrapasse.” Nah, o Matt louco é mais <3

    • Irina

      15 de setembro de 2010
      reply

      Eu achava que o Matt tinha passado dos limites, mas se esse teórico de conspiração achava que a rainha é um lagarto, até que o Matt é bem centrado xD

  • Natalia_moonstarcollision

    6 de setembro de 2010
    reply

    MUSE, MUSE, MUSe..
    Não vivoo mais seemm !
    Eles serão para todoo o sempree !
    HAHA XD

  • Irinaabg

    15 de setembro de 2010
    reply

    É por comentários como esse que eu não tento mais discultir essas coisas na internet.

  • Lays

    4 de novembro de 2010
    reply

    euri.

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