Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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NME Especial: Viva The Resistance (Parte II)

Aqui vai a segunda parte da matéria Viva The Resistance:

Pergunte aos outros dois membros do Muse – Matt, Dom e Chris serão todos entrevistados separadamente hoje – como eles se sentem em relação a esse direcionamento politizado e se estão inclinados a não interferir na visão do vocalista.

“Quanto às letras e essas coisas, Dom e eu não nos envolvemos muito”, diz Chris Wolstenholme, alto, afável baixista. “Geralmente eu ouço as letras pela primeira vez quando o Matt aparece perguntando se estou pronto para gravar o backing vocal. Mas realmente é algo com que nós não nos envolvemos muito, porque são coisas muito pessoais e eu sinto que ninguém tem o direito de opinar sobre isso. Porém, quando se trata de linhas de guitarra, baixo e bateria, todos dão idéias de como devemos tocar isso ou aquilo”.

Dominic Howard, feliz, também afável baterista, concorda:

“Muitas coisas sobre as quais Matt canta são assuntos de que falamos durante o processo de gravação do álbum. Mas Chris e eu realmente não ouvimos as letras antes. Ou a maioria da parte cantada mesmo. Quer dizer, às vezes trabalhamos com idéias soltas, mas desde que começamos a banda há mais ou menos 16 anos, não fizemos muito ensaios com o Matt cantando. Na realidade, só o ouvimos cantando quando fazemos show ou gravamos um pedaço de música. Então isso é tudo meio novo para nós dois.”

Uma coisa pela qual eles ficam entusiasmados é A Música. Sendo o Muse (e Muse sem um produtor), a música será sempre extravagante. Mas “The Resistance” é sem dúvida ainda maior e mais extravagante do que qualquer coisa que eles já tenham feito antes.

“Esse álbum me lembra um pouco ‘Origin of Symmetry’, porque foi naquela época em que nos deixamos levar sem nenhum medo”, diz Matt. “Acho que fizemos o mesmo nesse álbum. Era algo necessário e foi bom trabalhar sem um produtor. Pensei que fôssemos ter problemas. Nós realmente tivemos vários problemas, brigas e discussões entre os membros da banda, mas tomamos decisões rápidas. Estávamos mais decididos em comparação aos outros álbuns.”

“Não havia limite quando estávamos no estúdio, nada nos atrasava. Principalmente o fato de não termos um produtor”, completa Dom. “Quando fazemos algo mais complexo, ou um pouco estranho, ou um pouco engraçado, ou um pouco exagerado, sempre rimos e falamos ‘É muito bom, não é? É bem engraçado!’ Mas nunca quisemos recuar. Não havia razão para fazer restrições.”

“Sempre nos esforçamos até o limite”, concorda Chris, pelo menos inicialmente. “Mas às vezes quando estamos em estúdio, as coisas vão tão longe que temos que parar por um momento, porque é fácil fazer tudo parecer uma piada. Porém, acho legal fazer uma coisa assim de vez em quando para que as pessoas percebam que não somos totalmente sérios o tempo inteiro. Acho que existe uma impressão errada de que somos muito sérios e que ficamos falando todos os dias sobre política e sobre o estado em que o mundo se encontra. Não fazemos isso. Ouvindo o álbum, percebe-se que algumas letras são sérias mesmo, mas algumas partes são irônicas. E algumas outras te fazem rir.”

Certamente, existem partes engraçadas e gloriosamente exageradas. Os vocais superpostos que dizem “Quero andar de bicicleta” na ponte de ‘United States of Eurasia’ foram o ápice disso (Dom: Achamos que era bom demais para tirá-lo). Em outro lugar, então, a aventura musical é farta, particularmente em “Undisclosed Desires”.

“Foi uma das primeiras músicas que fizemos em que eu não toco nada”, diz Matt. “Eu apenas canto. São apenas samples de cordas que foram editadas e arranjadas ritmicamente com uma batida de bateria eletrônica e com o baixo de Chris. É uma música em que fazemos o oposto do que normalmente fazemos. Dom ficou encarregado da bateria eletrônica em vez da acústica, Chris tocou o estilo mais vergonhoso que alguém pode tocar e eu não fiz nada. É como se fosse uma canção anti-Muse.”

Mais surpreendente ainda é a sinfonia em três partes, “Exogenesis Symphony”, uma peça clássica que Matt compôs sozinho ao longo de muitos anos. Agora que o Muse tem seu próprio estúdio, ele teve tempo para gravá-la.

Chris: “Você sempre pode tirar a banda um pouco de cena, ficar apenas com a orquestra e isso sempre será lindo. Eu simplesmente acho que é uma música maravilhosa, nunca havíamos feito nada desse tipo. A orquestra foi o principal nessas faixas e a banda era um pano de fundo.”

Dom: “Essa canção foi uma jornada também. É meio que…você não consegue realmente ouvir direito o que Matt está cantando na primeira parte, mas é sobre partir desse planeta destrutivo que criamos, deixar tudo para trás, ir embora e povoar outro lugar do universo. Então é mesmo uma grande jornada, bem cinematográfica e visual também.”

E a banda condecorada como a melhor ao vivo tentará reproduzir esse espetáculo em arenas e estádios?

“Bem”, diz Matt, “nós tentaremos!”

Amanhã, a última parte!

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A equipe mais animada, doida, faladeira e confusa que um fã clube de Muse poderia ter. Nós amamos Muse de todo o coração assim como (a maioria) dos seus fãs. A dedicação é de coração.

Comments: 5

  • dannyy

    15 de setembro de 2010
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    Concordo completamente com o Chris sobre Exogenesis, é linda demais.
    Eu achei legal entrvistá-los separadamente, nos deixar saber o que o Chris e o Dom realmente acham, expressar isso. E desse jeito dá pra ver que o Dom é tão culto quanto o Matt!

  • Maria Luiza

    15 de setembro de 2010
    reply

    Dom tbm é culto! UHUHSHSHUSHSUHSU

  • coltsfan

    16 de setembro de 2010
    reply

    essas entrevistas tao melhores q varias outras! mais dinamicas e mais legais! bem foda!

  • Izaa.

    16 de setembro de 2010
    reply

    Entrevista ótima essa!

  • musemaniac14

    16 de setembro de 2010
    reply

    “Quero andar de bicicleta” na ponte de ‘United States of Eurasia’ foram o ápice disso (Dom: Achamos que era bom demais para tirá-lo)”.Concordo plenamente, isso me lembra até outra coisa, Bicycle Race do Queen, simplesmente genial eles zuarem no meio da música,kkk, Exogenesis é toda bem complicada de se ouvir, reguer fones de ouvidos e atenção, concentração redobrada, principalmente a 1 e a 3 partes, e é relamente uma das músicas mais belas e surpreendentes de todos os tempos, quando ninguém mais esparava Muse voltou do pop (e ótimo) Black Holes e fez um TR que é o maior da banda ate agora, e como todos os outros é “o melhor”, espero que no futuro tenhamos Exogenesis ao vivo, vai ser um presente ótimo para todos nos os fãs que amamos essa banda com as nossas vidas…afinal todos os albuns da Muse são os melhores, né, cada um a seu modo especial de ser.

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