[Review] Show em Manchester

Por: Stuart Greer
Lancashire County Cricket Club
4 de Setembro de 2010

Muse, o trio de Teignmouth, viajou uma longa distância desde seus primeiros dias, quando se dizia que era apenas mera imitação de Radiohead.

Eles perseveraram, adicionando ricas novas camadas ao seu som, criando uma mistura de rock de garagem abrupto e rock progressivo de respeito, tudo isso com a pompa clássica e ‘operática’.

As 21 faixas dessa noite saúdam um ainda mais impressionante catálogo, começa grandiosamente com a estranha e sintetizada Uprising, antes de partir para o rock industrial de Supermassive Black Hole.

Muito das próximas duas horas é tirado de seus três últimos brilhantes álbuns, com um aceno nostálgico de músicas mais antigas, mas ainda relevantes, como New Born, uma das favoritas dos fãs.

Hysteria, United States Of Eurasia e Starlight são as grandes vencedoras, assim como a formidável peça de rock energético que é Time Is Running Out.

Em meio à ofensiva visual, Muse sempre parece que está se divertindo muito, Bellamy andando de um lado para o outro no enorme palco, saboreando sua postura rock, enquanto Chris Wolstenholme e Dom Howard martelam o baixo e a bateria como se fosse o seu último show.

Muse se orgulha de oferecer aos fãs um show alucinante e teatral, que pode ser provado implacável e incansávelmente, tal o assalto aos nossos sentidos, oportunamente Exogenesis: Symphony Part 1, que dá uma ligeira diminuída no ritmo antes do final, começando pela power-pop sem remorsos que é Plug in Baby e finalmente a épica opera-rock Knights of Cydonia.

Se há uma palavra para descrever Muse, essa palavra é grandiosidade.

Essa noite tivemos o pacote completo – um generoso, e eu quero dizer ‘incrivelmente generoso’ palco que compreende uma dominante estrutura governamental Orwelliana, diretamente das páginas de 1984, uma plataforma circular que se levanta e se mistura à platéia como um OVNI, um show de luzes que deve ter colocado o National Grid [empresa de energia elétrica inglesa] de joelhos, um rock tão vociferante, tão vulcânico que os ouvidos estarão soando por muito, muito tempo.

É realmente impossível encontrar uma falha nesse tipo de atuação que não seja querer que tivesse durado mais tempo. Muse mostrou porque ele tem estado consistentemente um nível acima de qualquer outra banda britânica nos últimos seis anos. Eles tem estilo, substância, música, e a quantidade certa de autoconfiança para querer continuar melhorando sempre.

Fenomenal!

Fonte: CityLife