Chris toca com Bipolar Empire em Dublin

A Hot Press conversou com Chris Wolstenholme após sua aparição no Workman’s Club.

Estávamos morrendo de vontade de contar em primeira mão, mas hey, tínhamos que manter sigilo. A banda local Bipolar Empire recebeu no palco o baixista do Muse e ocasional residente de Dublin, Chris Wolstenholme, na noite de segunda-feira, no The Workman’s Club. Chris tocou com eles as duas últimas músicas da noite.

Ann Sexton não só teve a chance de testemunhar essa pequena porção da História do rock irlandês, mas também conversou exclusivamente com Chris após o show, enquanto Graham Keogh tirava várias fotografias. Aqui está seu relato…

Ao entrar no palco, o Bipolar Empire está cheio de energia. E deveria estar mesmo, não é todo dia que você tem a oportunidade de dividir os holofotes com uma lenda indie. Bem, a menos que você seja Matt Bellamy. Nesta noite, o senhor Chris Wolstenholme, baixista do Muse e um cavalheiro acostumado a tocar para multidões de fãs histéricos, é o convidado especial da banda.

O “The Workman’s Club” está cheio para uma noite de segunda-feira, e é justo falar que uma boa parte do público está aqui para ficar perto de um rock star. Assim que o Bipolar Empire inicia sua apresentação, um palpável ar de excitação atravessa a audiência, que se pergunta onde exatamente Wolstenholme está.

O vocalista Shane O’Reilly é um frontman encantador, que transita sem esforço entre o calmo emotivo e rugidos dignos de estádio. As músicas vão de ritmos ruidosos a harmonias psicodélicas e faixas como “Only Darkness”, “Open Your Mind” e “The Wire” são recebidas com entusiasmo pela platéia.

Guardando suas músicas mais conhecidas para o final, Wolstenholme se junta à banda – na guitarra! – para tocar os singles “Tempomanic” e “Feel That You Own It”. Chris parece ser a atração especial, mas a platéia canta junto cada palavra.

Como muitas coisas na vida, a presença de Wolstenholme é um caso de quem você conhece, não do que você sabe – sua participação foi arranjada por um amigo em comum.

“Começou como uma piada”, Chris conta à Hot Press. “Mas depois eu achei que seria bem divertido fazer algo diferente. Eu não toco guitarra em uma banda há anos. É ótimo com o Muse, é a paixão da minha vida, mas é muito bom fazer uma coisa assim, porque existe menos pressão.”

Menos pressão? Com todo mundo te encarando?

“Eu estava morrendo de medo!”, ele ri. “De tocar com uma banda diferente, um instrumento diferente e em um lugar pequeno também!”.

“Quando você toca em um lugar maior, você fica mais distante do público, o que às vezes torna as coisas mais confortáveis. Você não sente que as pessoas estão tão concentradas no que você está fazendo por causa dessa distância. Mas é bom ter o público perto de você, porque dá pra ver os rostos e o que eles estão vivenciando, apesar de isso te deixar bem nervoso também.”

Tendo ensaiado as músicas com a banda somente duas vezes antes de entrar no palco, Wolstenholme ficou impressionado com a música do Bipolar Empire.

“Eu ouvi o álbum e vi alguns trechos de músicas ao vivo no Youtube e eles me pareceram muito sintonizados. Não estava muito preocupado com isso, mas você nunca sabe o que vai acontecer. Eles tocam muito bem juntos, são bem ligados.”

Enquanto admira o Bipolar Empire, Chris admite animadamente que cometeu alguns erros. Convidados especiais à parte, o Bipolar Empire ao vivo por si só é uma atração que vale a pena de ser vista, e você não precisa acreditar na minha palavra.

“Não acho que eles precisam de alguma ajuda minha”, diz Wolstenholme. “Eles são uma ótima banda”.

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Fonte: Muselive