Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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O Grande Salto à Frente – Origin of Symmetry

Originalmente publicado em 12 de Junho de 2001.

Por Roger Morton.

Com os hesitantes primeiros passos já superados, é hora de nossos heróis oferecerem uma ousada evidência da bombástica sensação que os definiria.

Na parte de dentro do segundo álbum de Muse há uma ilustração de Darrel Gibbs que mostra humanos marchando em direção a um cubo branco gigante. Em letras pequenas acima da porta, há uma placa onde se lê ‘CAOS’. De fato, seja bem vindo ao lindo mundo de pesadelo da banda mais distorcida, caricata, baroque’n’roll que a Inglaterra jamais produziu.

E lá vem o vocalista Matt Bellamy, pendurando-se no candelabro de sua magnífica habilidade musical, eletrodos se aparafusaram em seu cérebro, cantando como uma harpia em chamas, tocando o órgão de funeral com os dedos dos pés. E então vem o baixista Chris Wolstenholme e o baterista Dominic Howard, soando como a banda de apoio de Edvard Munch. E aqui revelam o profano, impressionista, super emocionante panorama temido por aqueles que esperavam que a banda fosse somente Radiohead com complexo de Freddie Mercury.

Em dois anos de vida pública, Muse acumulou uma mitologia de alta pressão. Depois de meio milhão de cópias de seu álbum de estréia Showbiz e um comercial do iMac, eles espalharam uma trilha de equipamentos destruídos, confessaram o gosto por cogumelos, ‘Grande Messe des Morts’ de Hector Berlioz e anunciaram ‘Se eu não pudesse fazer isso, eu não ia querer viver’.

Os riscos eram grandes. Sua reinvenção do grunge como rock neo-clássico, altamente gótico e futurístico, cheio de pianolas flambadas e um temível campo elétrico é um risco precário. Ainda assim, enquanto o matadouro sangrento riff de New Born começa, colidindo com o piano dos sonhos das fadas, é evidente que Muse pode lidar com suas árias brutais.

Quase tudo em Origin Of Symmetry é um exagero, mas com Matt refreando os vínculos de um trio de dirty rock, essa coisa lírica está devastadoramente canalizada. ‘Bliss’ é uma carnificina de riffs e uma letra agradavelmente corrupta sobre inveja inocente. ‘Space Dementia’ põe a maestria de Bellamy ao piano contra um rock mais pesado. ‘Hyper Music’ queima como uma nova e genuína raiva punk.

Dada a ultra-vívida paleta de tons de Muse – pureza, insanidade, corrupção, consciência virtual, Bach, metal, e loucos latidos – não é surpresa que eles passem dos limites dos próprios limites.

Um Bellamy feliz, cantando (literalmente) para as borboletas em Feeling Good soa estranho, o fugue finale tem um quê de fime de terror embora o nome da música seja Megalomania. Mas, sem compaixão, em Dark Shines, Screenager, particularmente Micro Cuts e, é claro, Plug in Baby, ele acrescentam perverso serrilhado à margem do rock extremo. É incrível que uma banda tão jovem carregue uma herança que inclui as visões sombrias de Cobain e Kafka, Mahler e The Tiger Lillies, Cronenberg e Shoenberg e faça um álbum sexy e populista. Mas Muse se deu muito bem. É o ‘Siamese Dream’ deles. Agora começa a psicoanálise.

‘Psicótico’ está para se tornar a palavra que Matt Belamy mais gosta.  Mas isso será uma coisa boa, pois nós seremos os sortudos que poderão ver as belas formas que o sangue fará quando atingir as paredes.

Comments: 5

  • Maria Luiza

    13 de agosto de 2010
    reply

    ‘psicotico’ ri mt

  • dannyy

    13 de agosto de 2010
    reply

    Banda de apoio é o baralho!

  • yasmim

    14 de agosto de 2010
    reply

    Banda de apoio é o baralho![2]

  • coltsfan

    14 de agosto de 2010
    reply

    faz me rir

  • Izaa.

    14 de agosto de 2010
    reply

    Banda de apoio é o baralho ! [3]

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