NME Especial: Viva The Resistance (Parte III)
Finalmente, a última parte!
Mais algumas palavras para descrever “The Resistance”: um gigantesco salto a frente para a banda, quando muitas pessoas não acreditavam que fosse possível fazer isso, especialmente após os shows em Wembley. Um álbum que avança sobre novos campos musicais, com investidas em R&B e clássico, mas que ainda guarda a força de características de muitas bandas britânicas – os grandes riffs, os vocais operísticos, a disposição e o implacável desejo de ser mais e mais ousado e bombástico.
Uma gravação absurda, que fará todo mundo que ouvi-la – até mesmo seus criadores – dar risadinhas em certos pontos, do mesmo jeito que álbuns divertidos te fazem rir. Um álbum político, embora seus criadores digam que o objetivo esteja mais para plantar sementes de agitação na mente do público do que para prover soluções. Então, Matthew, em suas palavras: “The Resistance” é um álbum conceitual?
“Não, pois um álbum conceitual implica que você tenha uma narrativa musical pré-planejada e não é o que acontece aqui. Para mim, houve algumas letras pré-planejadas. Eu estava em dúvida se conseguiria trabalhar com elas, não era necessariamente uma narrativa.”
Mas você concorda que existem temas no disco?
“Acho que se você tiver que resumir tudo a um tema, seria a idéia de que existe um romance acontecendo na Inglaterra contemporânea, com essas besteiras acontecendo em todos os lugares. Então se eu estivesse em dúvida sobre qual direção seguir, eu voltava a essa concepção. Como em 1984, de Orwell: eu o li quando era mais jovem e estava no colégio e realmente assimilei só o lado político dele. Há um ano, li novamente e o lado romântico do livro mexeu comigo – essa trágica história de amor e a idéia de que o amor era o único lugar livre de toda a merda que estava acontecendo. O ato do amor pode ser um ato político nesse tipo de cenário, já que é o único lugar em que o Estado não pode invadir sua privacidade. Essa história de amor me tocou muito mais do que o significado político da obra. Então, eu diria que essa é uma das pedras fundamentais do álbum.”
Algumas considerações finais sobre Muse, então: esperançoso, ambicioso, consciente, engraçado, adorável, pessoas sortudas que amam o que fazem e que talvez constatem o óbvio muitas vezes, mas o fazem mais alto, mais orgulhosos e de forma mais potente do que qualquer outra pessoa faz atualmente. E, com seu quinto álbum, “The Resistance”, estão prestes a se tornar ainda maiores do que já são.
Maria Luiza
adoooro esses especiais que a NME faz!
coltsfan
ah se vendessem uma revista assim no Brasil!
por aki só rola revistas coloridas msm! =(
anyways, bem legal a matéria!
Izaa.
É mesmo! tinha que vender uma revista assim aqui! :/
musemaniac14
ah, se ouvesse uma revista como essa aqui, as pessoas tomariam vergonha nas suas caras e receberiam formação musical que preste, mas infelizmente isso ainda não é possivel, ainda assim a NME é uma revista que eu sempre quiz comprar e vou, um dia…principalmente por causa de Muse e todas as várias ótimas bandas (que são ótimas, mas não são como Muse) da Inglaterra
Izaa.
Eu aaamooo as musicas europeias..queria ter nascido na europa! aushahus
dannyy
Também vou, um dia…
🙂
dannyy
Pra variar a NME sempre mandando bem (apesar do fail na matéria), e também pra variar, Matt me encantando com suas opiniões.