Tudo sobre a banda britânica Muse formada por Matt Bellamy, Dom Howard e Chris Wolstenholme.

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NME Especial: Viva The Resistance (Parte III)

Finalmente, a última parte!

Mais algumas palavras para descrever “The Resistance”: um gigantesco salto a frente para a banda, quando muitas pessoas não acreditavam que fosse possível fazer isso, especialmente após os shows em Wembley. Um álbum que avança sobre novos campos musicais, com investidas em R&B e clássico, mas que ainda guarda a força de características de muitas bandas britânicas – os grandes riffs, os vocais operísticos, a disposição e o implacável desejo de ser mais e mais ousado e bombástico.

Uma gravação absurda, que fará todo mundo que ouvi-la – até mesmo seus criadores – dar risadinhas em certos pontos, do mesmo jeito que álbuns divertidos te fazem rir. Um álbum político, embora seus criadores digam que o objetivo esteja mais para plantar sementes de agitação na mente do público do que para prover soluções. Então, Matthew, em suas palavras: “The Resistance” é um álbum conceitual?

“Não, pois um álbum conceitual implica que você tenha uma narrativa musical pré-planejada e não é o que acontece aqui. Para mim, houve algumas letras pré-planejadas. Eu estava em dúvida se conseguiria trabalhar com elas, não era necessariamente uma narrativa.”

Mas você concorda que existem temas no disco?

“Acho que se você tiver que resumir tudo a um tema, seria a idéia de que existe um romance acontecendo na Inglaterra contemporânea, com essas besteiras acontecendo em todos os lugares. Então se eu estivesse em dúvida sobre qual direção seguir, eu voltava a essa concepção. Como em 1984, de Orwell: eu o li quando era mais jovem e estava no colégio e realmente assimilei só o lado político dele. Há um ano, li novamente e o lado romântico do livro mexeu comigo – essa trágica história de amor e a idéia de que o amor era o único lugar livre de toda a merda que estava acontecendo. O ato do amor pode ser um ato político nesse tipo de cenário, já que é o único lugar em que o Estado não pode invadir sua privacidade. Essa história de amor me tocou muito mais do que o significado político da obra. Então, eu diria que essa é uma das pedras fundamentais do álbum.”

Algumas considerações finais sobre Muse, então: esperançoso, ambicioso, consciente, engraçado, adorável, pessoas sortudas que amam o que fazem e que talvez constatem o óbvio muitas vezes, mas o fazem mais alto, mais orgulhosos e de forma mais potente do que qualquer outra pessoa faz atualmente. E, com seu quinto álbum, “The Resistance”, estão prestes a se tornar ainda maiores do que já são.

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A equipe mais animada, doida, faladeira e confusa que um fã clube de Muse poderia ter. Nós amamos Muse de todo o coração assim como (a maioria) dos seus fãs. A dedicação é de coração.

Comments: 7

  • Maria Luiza

    16 de setembro de 2010
    reply

    adoooro esses especiais que a NME faz!

  • coltsfan

    16 de setembro de 2010
    reply

    ah se vendessem uma revista assim no Brasil!
    por aki só rola revistas coloridas msm! =(

    anyways, bem legal a matéria!

  • Izaa.

    17 de setembro de 2010
    reply

    É mesmo! tinha que vender uma revista assim aqui! :/

  • musemaniac14

    17 de setembro de 2010
    reply

    ah, se ouvesse uma revista como essa aqui, as pessoas tomariam vergonha nas suas caras e receberiam formação musical que preste, mas infelizmente isso ainda não é possivel, ainda assim a NME é uma revista que eu sempre quiz comprar e vou, um dia…principalmente por causa de Muse e todas as várias ótimas bandas (que são ótimas, mas não são como Muse) da Inglaterra

    • Izaa.

      17 de setembro de 2010
      reply

      Eu aaamooo as musicas europeias..queria ter nascido na europa! aushahus

      • dannyy

        17 de setembro de 2010
        reply

        Também vou, um dia…
        🙂

  • dannyy

    17 de setembro de 2010
    reply

    Pra variar a NME sempre mandando bem (apesar do fail na matéria), e também pra variar, Matt me encantando com suas opiniões.

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